Após profissionais de enfermagem do Hospital Regional de Juazeiro, na região Norte da Bahia, voltarem a reclamar de atrasos no pagamento do complemento do piso salarial da categoria, a gestão da unidade se manifestou.
Em nota enviada ao PNB, o HRJ informou que “em relação ao complemento do Piso Nacional da enfermagem, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) tem seguido as orientações do Ministério da Saúde (MS) e do Supremo Tribunal Federal (STF). O MS realiza repasses financeiros complementares aos estados e municípios para auxiliar no cumprimento do piso salarial, conforme estabelecido pela Portaria nº 1.135/2023. Assim, à medida que recebe o repasse da secretaria, a Unidade organiza a folha de pagamento para que cada colaborador receba o montante equivalente à função que exerce. Ademais a instituição informa que o pagamento referente ao mês de junho está programado para o dia 24 de julho (sexta-feira). Vale ressaltar que é do conhecimento de todos os profissionais que o pagamento do retroativo do piso tem sido pago, rigorosamente, entre os dias 22 e 26 do mês subsequente”.
Reclamação
De acordo com trabalhadores, a situação é recorrente e, até ontem (22), não havia nenhuma previsão oficial para o repasse.
“Venho por meio deste, mais uma vez, falar sobre o pagamento do piso da enfermagem que continua atrasado e sem nenhuma informação do RH sobre a data do pagamento. Chega a ser desgastante estar todos os meses reivindicando a mesma coisa, batendo na mesma tecla, e nada muda. A enfermagem mais uma vez pede socorro a esse. Até ontem (22), nenhum pronunciamento”, declarou uma profissional.
Outra profissional afirmou que a gestão do HRJ alega que ainda não recebeu o repasse do Estado, porém, de acordo com ela, envio da verba foi realizado no início do mês.
“O Estado fez o repasse do nosso retroativo no dia 02/07. Sabemos disso, pois sempre sai no Portal da Transparência. Todas as empresas já repassaram para os funcionários, menos o HRJ. Só pode ser para nos castigar, porque não existe outro motivo. A Sesab esteve presente no hospital, o governador também, e, mesmo assim, a gestão da unidade não fez o pagamento. Sempre a mesma desculpa: não houve repasse. Sendo que sabemos que o dinheiro está preso na conta deles. Isso é um absurdo. A gente trabalha porque precisa. Todo mês a mesma coisa, essa enrolação para pagar um dinheiro que é dos funcionários. Já bastam os descontos absurdos, e agora esse atraso absurdo. Vinte dias que o dinheiro foi repassado e eles negam. A gente não sabe mais o que fazer”, desabafou.
Outra trabalhadora acrescentou que, além dos constantes atrasos salariais, a categoria também está insatisfeita com as condições de trabalho.
“Voltamos a ressaltar também que continuamos seguindo com escalas abusivas de plantões. São dias e noites seguidas de trabalho e sobrecarga de pacientes”.
Redação PNB
