Prefeito Andrei Gonçalves confirma em entrevista ao PNB nova licitação e contrato emergencial para o transporte coletivo de Juazeiro: “A gente deu todas as oportunidades”

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A Prefeitura de Juazeiro, na região Norte da Bahia, assinou nesta quinta-feira (07) um acordo com o Ministério Público da Bahia (MP-BA) para promover mudanças estruturais no sistema de transporte coletivo da cidade. O prefeito Andrei Gonçalves confirmou, em entrevista exclusiva ao Portal Preto no Branco, que será realizada uma nova licitação, e antes disso, firmado um contrato emergencial com uma nova empresa.

“Inevitavelmente nós teremos que fazer uma nova licitação, e nós vamos fazer. Hoje a gente assina esse acordo com o Ministério Público confirmando isso”, afirmou o gestor. Segundo ele, a medida busca solucionar um problema histórico da cidade. “O transporte coletivo de Juazeiro está há décadas sem contrato, funcionando de forma irregular. A gente está simplesmente cumprindo a lei.”

Andrei explicou que o acordo é resultado de um trabalho de articulação e diálogo que vinha ocorrendo desde o início da gestão atual. “A gente deu todas as oportunidades. Foram sete meses de construção com o Ministério Público, com a Câmara de Conciliação (COPOM), e com o nosso procurador-geral Pedro Maia. Não se pode tratar a coisa pública como se fosse a minha casa ou o meu negócio. Precisa de contrato, de licitação, de transparência”, pontuou.

O prefeito confirmou que uma nova empresa assumirá o transporte coletivo por meio de contrato emergencial, enquanto a licitação definitiva é preparada.

“Vai ter um contrato emergencial, sim. Inclusive deve ser publicado assim que finalizarmos esse acordo com o Ministério Público. Ele terá validade de até 12 meses, e nesse período vamos realizar os estudos técnicos para montar a licitação definitiva.”

Esses estudos, segundo o prefeito, vão analisar rotas, horários, número de linhas e a frequência do serviço. “Esse um ano será usado para entender quais linhas Juazeiro realmente precisa, quais os horários de maior demanda, quantas vezes um ônibus deve passar, por exemplo, no João Paulo II. Tudo isso será desenhado com base em dados para que possamos oferecer um sistema eficiente e definitivo.”

Durante a entrevista, Andrei também comentou sobre a situação dos trabalhadores da atual empresa que opera na cidade, a Joafra, que há anos funciona sem contrato formal.

“Essa questão está na mesa da reunião de hoje. Estamos discutindo a possibilidade de a nova empresa absorver parte ou até a totalidade dos trabalhadores da empresa antiga. Isso está no nosso radar e vamos tratar com responsabilidade, pensando nas famílias desses trabalhadores.”

A entrevista foi concedida momentos antes da assinatura do acordo com o Ministério Público. “Quero agradecer à promotora Joseane, à doutora Milena, mediadora do COPOM, e ao nosso procurador Pedro Maia, que esteve o tempo todo acompanhando esse processo. Isso é construção coletiva, e agora a gente começa um novo capítulo para o transporte de Juazeiro”, finalizou.

 

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