“São anos anos esperando por esse júri”: Emocionada, Lucinha Mota pede celeridade no julgamento do acusado de assassinar a menina Beatriz; bárbaro crime ocorreu em 2015

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Em um desabafo emocionado, Lucinha Mota, mãe da menina Beatriz Angélica, brutalmente assassinada aos 7 anos de idade, no dia 10 de dezembro de 2015, durante uma festa de formatura no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, pediu celeridade no julgamento do acusado. Marcelo da Silva, que está preso desde 2022, em um primeiro momento chegou a confessar a autoria do crime.

Em dezembro do ano passado, a justiça determinou que Marcelo da Silva irá a júri popular pelo assassinato da menina Beatriz. Porém, até o momento, o julgamento ainda não tem data para acontecer.

“Minha advogada acabou de confirmar que, de fato, o Ministério Público Federal se manifestou no processo de Beatriz. Desde o início de junho que a gente vem esperando essa manifestação porque o advogado do assassino de Beatriz vem entrando com recursos, com embargos, na tentativa apenas de protelar a data do júri. Eu espero, do fundo do meu coração, que as nossas instituições e o judiciário não permitam que isso continue. Porque já são três anos que eu e minha família estamos esperando por esse júri. São três anos que esse processo vem tramitando no judiciário. E pra gente dói, dói muito, machuca muito saber que esse monstro ainda não está pagando pelo crime que ele cometeu contra a vida de Beatriz. Cada tempo que passa, cada hora que passa, pra gente parece ser uma apunhalada no coração, porque não é justo. A gente passou sete anos tentando identificar e prender esse monstro. Vai completar dez anos de injustiça contra Beatriz. Eu espero, sinceramente, que o judiciário não permita essa protelação do advogado dele, que só quer mídia, que só quer aparecer. Tampouco está se importando se esse Marcelo é o assassino ou não de minha filha. Mas para a gente, que é a família, importa sim. Para a sociedade importa sim. Então, eu faço um apelo aqui ao Tribunal Federal que dê celeridade ao processo do caso Beatriz, pois a gente não suporta mais isso. Eu e minha família precisamos encerrar esse ciclo, seguir com as nossas vidas. A gente precisa de paz e só teremos no dia em que ele for condenado por esse crime”, desabafou Lucinha Mota.

Marcelo responde pelo crime de homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, com emprego de meio cruel e mediante dissimulação, recurso que dificultou a defesa da vítima. Na decisão de pronúncia, a juíza destacou que constam nos autos que foram identificadas “escoriações no corpo da ofendida (Beatriz), o que pode indicar que a conduta foi motivada pela recusa da vítima em anuir (consentir) com os interesses sexuais do acusado, conforme indicado na denúncia”.

A juíza citou Ana que perícias indicaram que a criança “teria sido atingida, em diversas regiões do corpo, por reiterados golpes”. Segundo o laudo, haviam ao todo 68 lesões na menina, sendo 51 provocadas por arma branca.

O acusado pelo crime só foi identificado em janeiro de 2022, após o cruzamento de DNA, a partir das amostras coletadas na faca usada no crime. Segundo a polícia, durante interrogatório, Marcelo, que já estava preso por outro crime, confessou o assassinato de Beatriz.

Na ocasião, ele disse que entrou no colégio com o objetivo de conseguir dinheiro e afirmou que matou a menina para que ela parasse de gritar.

Redação PNB

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