Após reportagem publicada nesta quarta-feira (17) sobre suposto golpe que estaria sendo aplicado por Manoel Tenório Rapadura Neto, no município de Juazeiro, na região Norte da Bahia, o Portal Preto no Branco recebeu outras denúncias sobre o acusado. Conforme os novos relatos, além da oferta de falsas vagas de emprego, o suspeito também estaria usando sua suposta influência política para aplicar outros tipos de golpes.
Em contato com o Portal Preto no Branco, o dono de uma empresa com sede em Salvador, denunciou que Manoel Tenório realizou uma compra no valor de R$ 37 mil utilizando um cheque sem fundo.
“Em março deste ano ele procurou a nossa loja e se apresentou como assessor político, querendo comparar um Jet Ski Inclusive, nas conversas, ele chegou a citar que era amigo do governador, do vice-governador e do Secretário de Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner. Após negociar com ele, fizemos o contrato, porém, ele disse que estava com problemas em fazer a transferência do valor e perguntou se poderia fazer o pagamento com um cheque, com o acréscimo de 10%. Confiando em tudo que ele havia dito, o bem foi entregue a ele. Esse cheque voltou e ele deu inúmeras desculpas. Fazendo uma pesquisa e conversando com algumas pessoas, descobrimos que tudo que ele havia dito era mentira. Só depois de muita pressão, ele devolveu o Jet Ski. Ficou um dia com o veículo, o que lhe rendeu muitas fotos no Instagram. Foi prestada uma queixa por estelionato e há uma ação judicial que corre em segredo de justiça,” relatou o proprietário da empresa.
Outra vítima denunciou que o suspeito também já agiu ofertando intermediação em cirurgias, que, mesmo após envio de pagamento, nunca foram realizadas.
“Ele chegou até mim por uma postagem no Instagram, onde eu falava que estava no hospital, e ele perguntou se eu estava precisando de algo. Eu expliquei que estava com uma pessoa precisando fazer uma cirurgia de hérnia umbilical e ele se ofereceu para ajudar a marcar a cirurgia ou em um hospital particular ou no Hospital Regional. Eu perguntei se ele conseguiria no hospital particular e ele me pediu os exames que o paciente já tinha feito para autorizar o procedimento. Depois, ele me passou o contato de uma mulher de nome Poliana Cerqueira, dizendo que ela entraria em contato comigo. Eles me disseram que haviam conseguido agendar a cirurgia para o dia 5 de agosto, às 18h, pelo valor de R$ 800,00. Eu fiz a transferência para o Pix que me enviaram. Posteriormente, me disseram que eu teria que enviar mais R$ 550,00 para pagar a taxa de agendamento cirúrgico. Fiz o pagamento e aguardei a data dessa cirurgia. No dia marcado para o procedimento, eles entram em contato informando que não tinha como ser feito, porque o médico teve que fazer outra cirurgia de urgência de uma pessoa idosa e que iria marcar uma nova data para a cirurgia. Porém, essa outra data nunca apareceu e ele nunca devolveu o valor repassado. Fomos informados que ele está fazendo isso com outras pessoas também. Quando ele vê que alguém está precisando de alguma coisa ele chega e se oferece para ajudar. Ele diz que tem amizade com deputado, com prefeito, governador e pessoas influentes. Ele falou que tinha parceria com o dono do hospital e que a gente só ia arcar com o pagamento do anestesista e da marcação, que era diretamente para o médico, porque a cirurgia não tinha como ser feita pelo SUS. Até hoje aguardamos a devolução do pagamento. Teve um dia que a gente cobrou bastante e eles falaram que iam fazer o depósito. Chegaram a falsificar o comprovante de depósito, disseram que estavam no banco e, inclusive, a Poliana mandou foto. Porém, fizeram um depósito falso e esse depósito nunca entrou na conta”, contou uma vítima.
Outra vítima alerta que Manoel Tenório não age sozinho e acusa uma mulher identificada como Poliana Cerqueira de participar dos crimes.
“Sou nutricionista formada há 15 anos. Ele me ofereceu um trabalho no Núcleo Regional de Saúde-Norte, antiga DIRES. Inclusive, ele me disse que o pai dele era diretor de lá e que tinha cotas de indicações através de um deputado estadual. Ele pediu os meus documentos e disse que essa Poliana ia entrar em contato comigo. Ela entrou em contato e eu não quis mandar meus documentos por WhatsApp. Ela me informou o e-mail e eu enviei meus documentos. Foi nesse momento que ela falou que eu teria que pagar os exames admissionais no valor de 400 reais. Foi aí que eu entendi que teria algo errado. Eu falei para ele que isso estava estranho, porque em todos os trabalhos que eu já tive, quem arcou com os custos do admissional foi quem estava me contratando. Ele desconversou, alegou que a junta de saúde era complicada, deu várias desculpas e disse que eu não precisava mandar o dinheiro. Eu acredito que ele disse isso porque percebeu a minha desconfiança. Porém, esse contrato de emprego nunca chegou e eu realmente entendi que era um golpe. Eu não cheguei a perder dinheiro, mas fui enganada, fui ludibriada por um emprego que nunca existiria. O medo agora é de ele usar os meus documentos para fins ilícitos”, declarou.
Em contato com o diretor do NRS-Norte, Pedro Alcântara informou que nenhuma das pessoas citadas faz parte do quadro de funcionários do Núcleo Regional de Saúde Norte e não representam o órgão.
Nós entramos em contato com Poliana Cerqueira, mas ela não respondeu nossa mensagem. Procurado por nossa redação, nesta quarta-feira (17), Manoel Tenório não quis se manifestar sobre as acusações.
A orientação da Polícia Civil, também procurada pelo PNB, é que vítimas de golpes devem registrar um Boletim de Ocorrência na Delegacia.
Veja alguns prints:






















Outras denúncias




A política é maldita, qual a diferença entre esse rapaz ,Gedel, Zó e Roberto Carlos.
Ele fez coisas pequenas e os outros coisas grandes e todos processados,mais nao preso.
Fico triste porque o blog não fez o mesmo com os grandes. Cada vez tenho mais nojo da politica
Acho interessante como o preto no branco,blog de Juazeiro está fazendo com rapaz de nome Manoel Neto.
Entendo que ele está e deve pagar por seus erros.
O que me chama atenção é que segundo o blog ele fez uso de influência política.
Agora vem a grande pergunta.
O deputado Zó, o deputado Roberto Carlos, a ex. prefeita Suzana e amigos…todos processados mais soltos, porque o referido blog não fez o mesmo que está fazendo com esse rapaz.
É que esse rapaz é café pequeno e não tem poder.
Triste realidade política de Juazeiro.
Tô fora.