Caminhoneiros articulam nova paralisação nesta quinta-feira (4)

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O representante da União Brasileira dos Caminhoneiros (UBC), Chicão Caminhoneiro, anunciou uma paralisação nacional da categoria prevista para esta quinta-feira (4). O comunicado foi feito ao lado do desembargador aposentado Sebastião Coelho, em um vídeo no qual ambos buscam protocolar uma ação que busca dar respaldo jurídico ao movimento. Segundo o representante da categoria, a mobilização busca reivindicar melhores condições de trabalho para os caminhoneiros.

“É uma situação que demanda preocupação na categoria e, em discussão com outras lideranças de todo o Brasil, tomamos a decisão de estartar esse processo, chamando nossos irmãos caminhoneiros para estarem conosco, trabalhando e buscando nossos objetivos, fazendo com que as leis que existem, e que infelizmente não são aplicadas, passem a ser respeitadas”, declarou Chicão.

No vídeo, Chicão Caminhoneiro reforça que a iniciativa busca garantir que a manifestação ocorra “dentro da legalidade”.

“Estamos fazendo dentro da legalidade, protocolando na Presidência da República, conforme estabelece o direito de greve previsto na Constituição brasileira. Quero deixar claro para todos que este é um movimento de guerreiros, de caminhoneiros lutadores, mas que precisa respeitar as leis. Não podemos impedir o ir e vir das pessoas, devemos respeitar toda a legislação que permite o livre trânsito. Precisamos zelar pelo que é correto. Queremos nossos direitos, mas não podemos atrapalhar a vida de ninguém. Vamos trabalhar com decência para atingir nossos objetivos”, disse o representante.

Na última semana, Sebastião Coelho tentou articular uma greve em protesto pela prisão do ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL), mas o movimento não ganhou força.

Representantes da categoria afirmam ainda que a paralisação desta quinta-feira (4) não tem caráter político nem ligação com qualquer ideologia partidária, tratando-se apenas de uma luta por melhorias para a classe.

As reivindicações:

Entre os pedidos da classe estão a estabilidade contratual do caminhoneiro, a garantia do cumprimento de leis, a reestruturação do Marco Regulatório do Transporte de Cargas e a aposentadoria especial de 25 anos de trabalho comprovada com recolhimento ou documento fiscal emitido.

A possível paralisação tem gerado preocupação sobre eventuais impactos no abastecimento, caso a adesão seja significativa.

Segundo informações preliminares, mesmo com a movimentação encaminhada, existe uma falta de consenso entre alguns sindicatos e associações.

Última greve

O Brasil já enfrentou uma greve geral dos caminhoneiros no ano de 2018. A categoria parou por 10 dias, protestando contra os reajustes frequentes no preço dos combustíveis, principalmente no óleo diesel.

A paralisação provocou impactos em vários setores do país, especialmente no abastecimento de combustíveis e de alimentos. O movimento só foi encerrado após o então presidente Michel Temer (MDB) atender parte das reivindicações apresentadas pela categoria.

Redação PNB

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