Após funcionários terceirizados da empresa Soll Serviços de Obras e Locações, responsável pela manutenção de bens móveis no campus da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Juazeiro, no Norte da Bahia, paralisarem suas atividades na manhã de quarta-feira (10) devido a atraso salarial, a empresa se manifestou.
Em comunicado, a Soll Serviços de Obras e Locações informou que “a instituição está com uma pendência com a empresa Soll. Acreditamos que a situação será regularizada até sexta-feira.
É importante ressaltar que, durante todo o período de parceria, a Soll sempre honrou seus compromissos, sendo reconhecida por sua pontualidade nos pagamentos. Mesmo diante desta pendência, a Soll demonstrou sua preocupação com o bem-estar de seus colaboradores e realizou o pagamento do vale-alimentação e do vale-transporte.
Pedimos desculpas por qualquer transtorno causado por esta situação. Garanto que estamos trabalhando para que tudo seja regularizado o mais breve possível.”
Encaminhamos o caso à Universidade Federal do Vale do São Francisco em busca de esclarecimentos.
A paralisação
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Intermunicipal do Norte da Bahia (Sindilimp), a decisão de interromper temporariamente os serviços ocorreu após sucessivas tentativas de obter esclarecimentos tanto da empresa quanto da universidade.
O representante do sindicato, Jamay Damasceno, relata que o impasse envolve divergências sobre o repasse de recursos.
“A gente vai ficar paralisado aqui até as 17 horas, esperando o retorno da empresa. Porque já tentei contato com a Univasf, o representante informou que já tinha feito repasse dos valores do contrato dos funcionários da limpeza. Então liguei para a empresa, e eles disseram que não receberam nada. E aí fica esse jogo de empurra-empurra, de um lado para o outro. A empresa fala que não recebeu, a Univasf fala que já pagou, e quem sofre com isso é o trabalhador”, declarou o representante do Sindilimp.
O sindicalista afirma ainda que a paralisação não se trata de greve, mas de uma medida emergencial diante da falta de resposta concreta sobre o pagamento.
“O sindicato, enquanto representante desses trabalhadores, vai manter a paralisação. Não é uma greve, é uma paralisação de momento, e a gente vai permanecer aqui paralisado com os 30% em funcionamento, que é por lei”, reforçou.
Redação PNB


