Familiares do paciente Rony Elson, de 40 anos, que está internado na UTI do Hospital Universitário de Petrolina (HU-Univasf) desde o último dia 19 aguardando por uma regulação, entraram em contato com o Portal Preto no Branco para cobrar agilidade no processo. Conforme os relatos, ele sofreu um aneurisma cerebral enquanto estava em uma academia de Juazeiro, na região Norte da Bahia, e agora necessita passar por um procedimento cirúrgico.
No entanto, a família informa que a cirurgia necessária não é realizada no HU e denuncia que, mesmo com a gravidade do quadro, a transferência ainda não aconteceu.
“Já fizemos de tudo, até agora não obtivemos nenhum retorno sobre a transferência dele para a realização da cirurgia. Ele está na UTI e até ontem não tinha acordado. Ele permanece na UTI, entubado e em coma. No HU só dizem que ele foi inserido na Central de Regulação, para transferência imediata para uma unidade hospitalar habilitada para o procedimento, mas até agora nada. Esperamos que eles agilizem essa transferência e essa cirurgia, pois ele está correndo risco. O caso dele é grave”, disse.
Diante da demora, a família ingressou na Justiça. Também em contato com o PNB, o advogado responsável pela ação afirmou que uma liminar determinando a transferência do paciente foi concedida no dia 23 de dezembro, porém, segundo ele, a decisão não vem sendo cumprida.
“Ingressei com uma ação pleiteando a transferência do paciente que está no Hospital Universitário de Petrolina, tendo como acionados o Estado da Bahia e o Município de Juazeiro no dia 23/12, com liminar concedida nesses termos. Ocorre que o Poder Público descumpriu a decisão. O paciente já está lá uma semana em coma, a situação é extremamente grave, ele respira por aparelhos e, mesmo com uma liminar, não temos uma atitude proativa por parte do Sistema Público de Saúde. O Estado não se prontifica a fazer essa busca ativa em redes particulares, mesmo sendo um caso de extrema urgência”, afirmou.
O advogado informou ainda que está solicitando medidas judiciais mais duras para garantir o cumprimento da decisão.
“Já partimos para solicitar a majoração da multa e também, principalmente, a prisão do secretário de saúde do estado e do secretário de saúde do município, além da intimação do Ministério Público para investigar crime de desobediência. O ponto fundamental é a regulação do paciente para a rede pública que faça o procedimento ou o custeio na rede particular o mais rápido possível”, acrescentou.
Ele explicou que a cirurgia pode ser realizada em hospitais particulares da região, como o Neurocardio, em Petrolina, mas a família aguarda um orçamento formal para solicitar bloqueio judicial de valores e custeio do procedimento pelo poder público.
“O Neurocardio tem o procedimento, eles fazem a cirurgia que ele precisa fazer e tem todo o suporte. Agora, obviamente, por ser uma rede particular, necessariamente precisamos ter esse respaldo do orçamento e juntar no processo para que o juiz já bloqueie o valor de imediato e a gente já comece a fazer tudo por lá, às custas do Estado. Nós também temos contato até mesmo com o Hospital Sirio Libanês de São Paulo, que ontem a noite solicitou o prontuário médico, alguns documentos dele, em razão da gravidade, vai passar hoje de manhã ficou de passar hoje o orçamento para a gente poder e prosseguir pela via da penhora dos valores para custear o tratamento”, declarou.
O advogado finalizou ressaltando que continua trabalhando para que a decisão judicial seja cumprida o mais breve possível, para que o paciente tenha acesso ao atendimento adequado.
“O ponto fundamental para a intervenção cirúrgica de fato é a regulação, transferir o paciente ou para a rede pública que faça o procedimento o mais rápido possível ou custei na particular. Vou manter a minha busca pelo bloqueio de conta que se for caso a expedição do ofício de ordem de prisão mesmo. Já tem três dias de descumprimento da decisão da justiça. A gente realmente precisa ser mais incisivo, pois estamos tratando de uma vida”, concluiu.
O PNB está encaminhando a situação para os órgãos responsáveis em busca de esclarecimentos.
Redação PNB



