A formação crítica e cidadã de 120 jovens, em Feira de Santana, no território de identidade Portal do Sertão, tem acontecido com apoio da música, dança e teatro, ferramentas utilizadas no Núcleo Cultural Afro Pop Tambores Urbanos. Em reconhecimento ao trabalho de inclusão social desenvolvido na entidade, integrantes do Conselho Estadual de Cultura visitaram o local com o objetivo de trocar experiências e mostrar como a Cultura é transformadora.
O encontro aconteceu enquanto os conselheiros de cultura participavam do III Fórum de Conselhos Municipais, evento que integrou a programação do III Encontro de Política e Gestão Culturais da Bahia, organizado pela Secretaria Estadual de Cultura (SecultBA) no Centro de Cultura Amélio Amorim. “Tivemos a oportunidade de conhecer um projeto que utiliza a cultura como instrumento de formação de sujeitos. Essa aproximação é sempre gratificante”, comentou o presidente do Conselho, Márcio Ângelo Ribeiro.
Natural de Juazeiro, no território Sertão do São Francisco, o presidente disse que a iniciativa o fez lembrar das atividades do Núcleo de Arte e Educação Nêgo D´Água (NAENDA), entidade da qual ele fez parte da criação, em 19XX, e que atua no bairro do Kidé, na periferia da cidade. “Fico surpreso como a cultura é algo significante nas comunidades. Temos referência de Feira de Santana como cidade de amplo fluxo comercial, mas sempre existem referências culturais que precisam ser divulgadas”, opinou.
Além do presidente, participaram da visita os conselheiros Tito da Silva, Fernando Teixeira e Sumário Santana. Na ocasião, foi possível assistir a performance de meninos e meninas dedicados à arte e dispostos a apresentar o talento. “Pude perceber disciplina e como se entregam às atividades ofertadas. Iniciativas como essa dão uma nova perspectiva de futuro”, assinalou o conselheiro Fernando Teixeira.
A relação de pertencimento foi algo que chamou a atenção do conselheiro Tito da Silva, que destacou a relevância do projeto na comunidade feirense. “É bonito ver jovens e adolescentes envolvidos em realizações tão inerentes à Bahia como a percussão e a musicalidade afro”, afirmou.
RESGATE – De acordo com o coordenador-geral do Núcleo Cultural Afro Pop Tambores Urbanos, Gilson Moreira, o objetivo da instituição é resgatar jovens em situação de vulnerabilidade social. A sede foi inaugurada em 2015, após ganharem um prêmio da Fundação Palmares. Este ano, foi possível estruturar a segunda unidade do projeto, chamada Galpão Cultural Tambores Urbanos.
“Temos meta de conseguir instalar um núcleo como esse em todos os bairros de Feira de Santana que possuam altos índices de violência”, assegurou Moreira. Os adolescentes têm aula de dança, percussão, capoeira, teatro e aprendem a tocar instrumentos como flauta e violão. “Nossa única exigência é que estejam matriculados em uma instituição pública e apresentem bom comportamento na escola e em casa”, finalizou.
Quem quiser saber mais a respeito da instituição pode visitar a página oficial no Facebook (clique e acesse).
Conselho Estadual de Cultura da Bahia – Assessoria de Comunicação