(foto: reprodução/Uoutube)
De segunda a sábado, cerca de 10 mil pessoas circulam diariamente pelo 4º maior entreposto em volume e comercialização do país, o Mercado do Produtor de Juazeiro-BA. Como se não bastassem as reclamações frequentes de comerciantes, compradores e funcionários sobre a falta de estrutura do local, agora o espaço vem recebendo alguns visitantes indesejáveis: dezenas de cães errantes, que procuram abrigo e alimentação.
“Logo na madrugada, quando chegamos, dezenas de cachorros já estão aglomerados em frente ao mercado. Ao longo do dia eles circulam entre os boxes em busca de comida. Eles chegam a entrar em nossos estabelecimentos. Trabalhamos com alimentos e precisamos manter nosso local de trabalho limpo, mas esses animais acabam urinando e defecando próximo aos nossos produtos”, relatou um comerciante, que pediu para não ser identificado.
Além disto, existe um problema que preocupa ainda mais quem circula pelo Mercado do Produtor de Juazeiro. Existe a suspeita de que os animais estão doentes e oferecem risco à saúde pública.
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(fotos enviadas pelo comerciante)
“Muitos desses cachorros que circulam por aqui diariamente, estão visivelmente doentes, e sabemos que algumas doenças caninas podem ser transmitidas para o ser humano. Além disso, esses animais precisam de cuidados”, acrescentou.
O comerciante criticou a falta de fiscalização no Ceasa. “Pagamos altas taxas para trabalharmos aqui e mesmo assim enfrentamos diversos problemas. A diretoria do Mercado já tem conhecimento dessa situação e nada faz. Estamos em um órgão público, e até aqui o serviço é ineficiente. Onde está a vigilância sanitária que não vem recolher para tratar esses animais? Queremos uma solução!”, finalizou.
Encaminhamos as reclamações para a Autarquia Municipal de Abastecimento (AMA), responsável pelo Mercado do Produtor de Juazeiro, e para a Secretaria Municipal de Saúde, responsável pela Vigilância Sanitária.
Em resposta, a AMA declarou que “tem orientado os permissionários sobre alimentação de animais de rua com objetivo de reduzir a entrada/permanência de cachorros ou gatos no local. Como medida para essa redução, a equipe de ordenamento do entreposto tem autorização para impedir a entrada desses animais”.
Já a Secretaria de Saúde (SESAU) informou que os animais que são levados e acolhidos no canil gatil são com suspeita ou diagnóstico de raiva e/ou leishmaniose, doenças transmissíveis ao ser humano e que o local não acolhe animais vadios.
“O município vem realizando algumas reuniões com ONG’s e protetores e a causa animal está sendo debatida, no entanto, não realiza castração dos mesmos, pois não possui Centro de Zoonoses. Não existe, pelo Ministério da Saúde, nenhuma portaria que possa direcionar os recursos do SUS para tal ação sendo Juazeiro portadora apenas de um canil gatil”, diz a nota.
A Secretaria Municipal da Saúde informou ainda que sempre conversa com a população sobre a responsabilidade na adoção dos animais.
Da Redação