Festa chegando é preciso escolher a carne com sabedoria

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Na década de 80, A Sadia mostrou que Peru era Sadia em campanha animada na qual o mascote animado da marca (Lequetreque) aparece cantarolando “Jingle Bells”. A tradição da ave nas festividades traz mostra como o “cheirinho de Natal” assado no forno é importante para marcar a data, contudo, muitas vezes o consumidor fica em dúvida sobre a compra e preparação do Chester, Peru ou uma opção mais recente que é o Frangão. E essa dúvida do brasileiro não é à toa. “A escolha do que servir na ceia de Natal é sempre permeada pela dúvida sobre qual a diferença entre as aves vendidas nos supermercados”, diz a nutricionista Andréa Mendonça, especialista em bioquímica dos alimentos e professora da UFRPE.

 

De fato, os brasileiros ficam confusos em virtude, entre outras coisas, das origens do chester. Esta ave, que se tornou muito procurada na época das festas natalinas, ganhou notoriedade pela facilidade e pelas possibilidades que proporcionam para a família. Além de ser facilmente encontrada no mercado e pelo modo de preparo diversificado e simplificado, traz várias opções para o consumidor uma vez que pode ser servida recheada ou envolta em ingredientes complementares. E até a sua harmonização com bebidas é uma vantagem segundo os sommeliers, que recomendam degustá-lo com um vinho Chardonnay ou um espumante brut. E, de claro, configura-se até como fator diferenciado o fato de ser maior do que a maioria dos outros frangos, porém, não tão grande como um peru que dificulte sua conservação em refrigeradores e sua preparação em fornos pequenos, comuns nas cozinhas brasileiras. “A marca Chester®, isso mesmo, é uma marca registrada que vem do inglês chest (peito), criada pela Perdigão nos anos 80, é um frango, originado da seleção artificial de 11 linhagens de uma galinha escocesa trazidas ao Brasil na década de 70, com o objetivo de criar uma ave especial: magra, porém com coxas grossas e peituda. É importante ressaltar que a ave, de excelente qualidade, é resultado de cruzamentos genéticos, sem interferência de drogas, hormônios e antibióticos”, destaca a nutricionista.

 

E, com isso, a Chester se tornou uma carne que se destaca com grande diferencial frente ao peru, nativo das florestas da América do Norte, e que sempre chamaram a atenção do público pelo seu tamanho e pelo seu sabor: os machos medem 117 cm (46 in) da ponta do bico até a ponta do rabo, enquanto as fêmeas medem 94 cm (37 in). “O peru, todos já conhecem, o que talvez não saibam é que o fato de ser servido aqui no Brasil é influência dos EUA, que comem esta ave no Dia de Ação de Graças, data celebrada desde 1621 e que comemora a boa colheita realizada pelos peregrinos e nativos americanos. O peru era bastante comum na região e em razão da grande quantidade de carne, representava a fartura”, comenta Mendonça, que completa que o Chester é escolha ideal e que deve ser tomada sem medo para as festividades. A especialista recomenda que o consumidor se atende a algumas características adequadas. No caso do Chester, o peso deve ser de 4kg, a altura de 60cm e abate de pelo menos 50 dias, enquanto no caso do Peru é importante que seja 4,3kg, altura de 60cm e abate de 12 semanas.

Ascom

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