Delegado não vê relação com homofobia em crime que vitimou ambulante

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O delegado que investiga a morte por espancamento do vendedor ambulante Luiz Carlos Ruas na estação Pedro II do metrô de São Paulo não classifica o caso como crime de ódio relacionado à homofobia. Ruas foi espancado até a morte no último domingo (25) pelos primos Ricardo Martins do Nascimento e Alípio Rogério Belo dos Santos, ao tentar defender um morador de rua homossexual e uma travesti que estavam sendo perseguidos pelos dois.

“Não há nada que leve a crer em crime de intolerância. Não há nada que leve que eles agrediram por serem homossexuais, moradores de rua, nada disso”, afirma o delegado Rogério Marques. A dupla foi identificada e presa nesta semana foi indiciada por homicídio qualificado.

Ambos foram reconhecidos por todas as 14 testemunhas ouvidas. Segundo o delegado, os suspeitos não negam o crime. “Pelo vídeo que analisamos, é clara a intenção de matar a vítima”, declarou. Em depoimento, eles afirmam que só souberam que mataram Ruas no dia seguinte.

“Os dois só viram que morreu no dia seguinte, pela televisão. Momento em que eles pegaram as coisas deles e fugiram para a casa de parentes”, relata. Em prisão temporária pelo prazo de 30 dias (prorrogável por mais 30), eles ficarão na carceragem do 77º DP, na Santa Cecília, no Centro da cidade.

A prisão preventiva, no entanto, será pedida após a instauração do inquérito, quando eles serão levados para um Centro de Detenção Provisória (CDP), por período indeterminado para saírem.

BN

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