Na última quarta-feira (27), o Portal Preto no Branco publicou uma reportagem sobre o atraso nos pagamentos dos contratados pelo Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoções de Eventos (Cebraspe), para trabalharem durante os dois dias do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em Juazeiro.
As provas foram aplicadas nos dias 5 e 12 de novembro e, de acordo com uma aplicadora, os pagamentos deveriam ter sido feitos em até 15 dias úteis, iniciando a contagem a partir do dia 12 de novembro, segundo dia de prova do exame.
Até hoje, os contratados estão sem receber pelo serviço prestado. São R$ 240 reais, para quem trabalhou os dois finais de semana, mas o prazo de pagamento dado pelos coordenadores já expirou e o Cebraspe não dá uma providência.
Ao site BNews, o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos reconheceu que os prestadores de serviços de alguns estados, entre eles a Bahia, ainda não receberam a quantia devida.
“Os demais pagamentos estão em fase de processamento e serão realizados de acordo com os procedimentos estabelecidos pelo Centro.” No entanto, mesmo sendo questionado sobre prazo para a quitação da dívida, o Cebraspe não respondeu ao veículo.
Já o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela realização do Enem e pela contratação do Cebraspe, também procurado pelo BNews, informou que a “seleção e o pagamento da equipe de coordenação e aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) fazem parte dos serviços contratados administrativamente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Em 2023, a instituição vencedora da licitação para a aplicação do Enem foi o Cebraspe”.
O Inep afirmou ainda que procurou o Cebraspe para saber a “previsão de pagamentos dos profissionais contratados”. Porém, o Centro sequer informou ao Instituto uma data prevista:
“A instituição contratada informou que os pagamentos estão sendo feitos após o processamento dos registros de frequência realizados pelos coordenadores de local de prova. Atualmente, já foram concluídos os pagamentos de 22 unidades da federação e estão em fase de conclusão o processamento para BA, GO, MA, PE e PR”.
Reclamação no PNB
“O prazo máximo seria dia 04 de dezembro, mas já estamos chegando no final do mês e nada de pagamento. Não há sequer uma previsão. O Cebraspe não se manifesta e os coordenadores aqui de Juazeiro também não nos respondem mais. Desligaram a internet, e sumiram. É muito desrespeito. Queremos receber pelos dois dias trabalhados. Foram dois domingos em que deixamos nosso descanso e nosso lazer de lado para estarmos nas escolas aplicando as provas do ENEM”, desabafou a colaboradora.
Além dos aplicadores, outros colaboradores que atuaram no exame, como: certificadores, chefes de sala, assistentes, fiscais de banheiro e volantes, pessoal da limpeza e vigilância, também não receberam pelos dias trabalhados até o momento, segundo as reclamações.
“Esse Cebraspe é uma vergonha! Essa atitude só desmotiva os colaboradores a atuarem no ENEM do próximo ano. Esse atraso no pagamento afetou a todos. Precisamos do nosso dinheiro, pois temos contas a pagar”, acrescentou outro colaborador.
No último dia 29 de novembro, o PNB já havia sido procurado pelos colaboradores que reclamaram do atraso.
“Quando procuramos os coordenadores, somos tratados com arrogância. Só falam que a gente tem que aguardar. Eles não querem ser cobrados, mas só estamos em busca do que é nosso por direito. Quando nos chamam para trabalhar nos tratam super bem, e prometem que será tudo bem resolvido, mas, na verdade, não é. Pura enrolação”, criticaram na ocasião.
Redação PNB
