Os pacientes do TFD-Tratamento Fora Domicílio passaram por um susto na madrugada da última sexta-feira (13). Segundo relataram ao PNB, 22 pessoas estavam no transporte Juazeiro/Salvador, quando já na capital, o motorista errou o caminho e entrou numa comunidade dominada por facção, sendo surpreendido por “olheiros. Os usuários contam que o motorista era novato, não conhecia a cidade e, após serem obrigados a sair da rua, passaram “perrengue” para descer de ré do morro.
Confira relatos:
“Nós pacientes do TFD passamos por um grande perigo na quinta feira, por volta das 4 horas da manhã, na capital Salvador. O motorista do veículo, um novato que não conhece salvador errou o trajeto. O aplicativo de GPS usado por ele levou os pacientes para uma rua, sem saída, de uma favela vigiada por 3 olheiros de facção. Vimos os 3 com armas na cintura. Ele foi obrigado a voltar de ré, em uma imensa altura, transportando os pacientes que correram também o risco de acidente, devido a falta de freios do veículo. O morro era muito alto e o carro subiu com total dificuldade. Fica aqui a indignação dos passageiros do TFD,” contou uma usuária.
“Eu estava no ônibus também. Isso foi por volta de quatro horas da manhã. O GPS botou o carro em uma rota, em uma rua bem estreita, toda escura e sem saída. Só que quando nós chegamos no meio da ladeira, conseguimos ver três integrantes da facção, que são os olheiros. A gente pediu para o motorista dar uma paradinha e ele seguiu o GPS até onde o carro conseguiu subir porque a ladeira era muito alta. Daí, como ele viu que não tinha mais saída, no final de rua ele teve que descer de ré, vagarosamente, correndo o risco da gente perder o freio neste morro. As pessoas ficaram nervosas, teve um paciente que se alterou e pediu para descer. Com este transtorno muitos pacientes perderam seus horários nos atendimentos agendados, chegaram atrasados. Foi um sufoco. Mandaram um motorista que não conhecia Salvador. A primeira viagem dele, mas ele não deveria ter ido sozinho. Quis seguir o GPS e nos demos mal. Os 22 pacientes passaram por um perrengue dentro do ônibus. Ainda bem que eram apenas olheiros da facção, pois se fossem outros integrantes poderia ter acontecido algo de pior com a gente”, relatou uma usuária.
“Eu moro em Itamotinga e estava no ônibus também. Passamos por um aperreio grande. Graças a Deus estamos bem. O ônibus estava completo com os pacientes que passaram por este susto,” concluiu uma usuária.
Encaminhamos as reclamações para a Secretaria de Saúde, mas o órgão não se manifestou até o momento.
Redação PNB