Maternidade atípica, uma luta solitária e cheia de desafios

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Mães atípicas são mulheres que assumem o cuidado diário e contínuo de filhos com condições que exigem atenção especial, como deficiências físicas, síndromes raras, transtornos neurológicos, distúrbios do espectro autista e doenças crônicas.

Neste Dia das Mães, é preciso refletir sobre os desafios diários da maternidade atípica que muitas vezes passam despercebidos pela sociedade. O Dia das Mães também é um lembrete para a sociedade valorizar e apoiar essas mães, oferecendo-lhes o suporte necessário para enfrentar os obstáculos que encontram em sua jornada de maternidade

Segundo dados do IBGE e MDHC, o Brasil tem 18,6 milhões de pessoas com deficiência e, de acordo com a OMS, uma em cada 100 crianças tem o Transtorno do Espectro Autista, evidenciando a importância de reconhecer e apoiar as mães de crianças com essas condições.

Desafios

A maternidade atípica apresenta vários desafioscomo por exemplo, lidar com as necessidades especiais ou condições médicas de seus filhos, tarefa que muitas vezes  fazem sozinhas. Sem apoio familiar e sem acesso aos serviços de profissionais elas se sobrecarregam e ainda enfrentam o estigma e a falta de compreensão da sociedade.

Elas não encontram o apoio adequado, o que inclui acesso a serviços de saúde mental, grupos de apoio específicos para suas necessidades e uma rede de apoio confiável de amigos e familiares.

Conciliar os cuidados com os filhos atípicos às demandas da vida cotidiana é um outro grande desafio. As mães se desdobram e precisam driblar o estresse emocional, a rotina exaustiva dos compromissos familiares e profissionais. 

Familiares, amigos, poder público e empregadores podem ajudar para aliviar a carga das mães atípicas, garantindo que elas também sejam cuidadas e reconhecidas.

Além disso, o suporte de uma equipe multidisciplinar é fundamental para desenvolvimento da criança e para facilitar a jornada da mãe atípica.
Formas de oferecer suporte as mães atípicas:
Fazer parte da Rede de Apoio
Familiares, amigos, profissionais de saúde, entre outros, precisam estar presentes na rotina e não apenas para resolver questões pontuais. Isso significa ajudar com as demandas pessoais e profissionais, com a criação do filho (em casos de adoecimento, levá-lo e buscá-lo na escola, por exemplo) ou simplesmente ser um ponto de apoio emocional e social.

 

Colaborar com afazeres práticos

Muitas vezes, o tempo das mães atípicas é restrito. Por isso, toda contribuição é bem-vinda, especialmente em atividades que trazem resultados imediatos, como as tarefas domésticas. Varrer a casa, levar o lixo ou olhar os filhos para que ela possa tomar banho são atos que facilitam muito o dia a dia.

Promover adaptações no ambiente de trabalho

Empregadores podem apoiar essas mulheres oferecendo salário emocional com:

  • horários flexíveis para início e finalização do expediente;
  • trabalho híbrido (ou remoto);
  • folgas emergenciais;
  • licença parental estendida.

Praticar a escuta ativa

Uma conversa sem julgamentos, ouvindo suas preocupações, medos e frustrações, é um gesto de acolhimento capaz de contribuir e muito para o bem-estar, além de reduzir a sensação de isolamento.

Aprender sobre a neurodivergência

Conhecer e entender mais sobre esse universo e seus desafios é o que propicia a criação de ambientes mais inclusivos, sem estigmas e preconceitos. Adotando todas essas práticas, é possível melhorar a vida de mães atípicas e de suas famílias, e ainda colaborar com a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Redação PNB, com informações Educa Mais Brasil

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