O Jornal Diário de Pernambuco publicou nesta quinta-feira (21), um vídeo da Penitenciária Dr. Edvaldo Gomes, em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, que mostra detentos entrando com um boi inteiro para um churrasco. Nas imagens também mostram, as carnes já fatiadas e supostas bebidas alcoólicas.
Em um dos vídeos, é possível ver partes de um animal em cima de um lençol enquanto dois homens seguram o pano. na imagem mostra o animal sendo colocado em um scanner do raio-x e entregue por uma janela para dentro do presídio.
Segundo o jornal, a carne do boi teria sido usada para fazer churrascos na quadra do presídio. Em fotos divulgadas pelo Diário de Pernambuco, um dos detentos aparece preparando as carnes. Além disse, uma imagem mostra um homem com anéis dourados nos dedos, um celular da marca iPhone, tomando um líquido amarelo, apontando supostamente como bebida alcoólica.
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP), as imagens são antigas e medidas já foram adotadas.
Operação e afastamentos cautelar na unidade prisional
Na quarta-feira (20), o diretor da Penitenciária Doutor Edvaldo Gomes, em Petrolina, no Sertão de Pernambuco e cinco policiais penais foram afastados de suas funções por determinação judicial. A medida foi oficializada por portaria publicada pela Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização, um dia após a deflagração da Operação Publicanos, da Polícia Civil de Pernambuco.
Com o afastamento cautelar, os servidores tiveram suas identidades funcionais e armas recolhidas. O processo também foi encaminhado à Corregedoria da Secretaria de Defesa Social, que deverá instaurar procedimento disciplinar contra os investigados.
A operação, realizada na terça-feira (19), cumpriu 16 mandados expedidos pela Primeira Vara Criminal de Petrolina, incluindo busca e apreensão domiciliar, suspensão de funções e bloqueio de bens.
A operação Publicanos é coordenada pela Delegacia de Crimes contra a Ordem Tributária (DECCOT) e pelo Grupo de Operações Especiais (GOE). A ação contou com a participação de cerca de 100 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães, e teve ainda ainda o apoio da Polícia Civil da Bahia.
De acordo com a Polícia Civil de Pernambuco, a investigação começou em maio deste ano e apura a atuação de uma organização criminosa envolvida em corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e entrada de celulares no presídio.
Redação PNB
