A cultura de Juazeiro pulsa nas ruas, nos palcos, nas praças, nos terreiros e nas escolas. É uma força viva, criativa e diversa que constrói identidade, gera renda e movimenta a cidade. Mas, apesar da grandeza da nossa produção cultural, precisamos encarar uma realidade: a classe artística de Juazeiro ainda é muito desunida. Essa fragmentação enfraquece nossas vozes, dificulta conquistas e abre espaço para que decisões sobre os rumos da cultura sejam tomadas sem a devida participação de quem realmente faz cultura.
Temos um exemplo que prova a importância da união: a reforma e reabertura do Centro de Cultura João Gilberto. Foram anos de descaso e portas fechadas, mas quando a classe artística se uniu, cobrou e fez pressão, a vitória chegou. Hoje, aquele espaço tão simbólico voltou a ser um grande palco da cultura justamente porque não ficamos calados. Isso mostra que quando a classe se mobiliza, conquista!
Neste momento, mais uma vez, precisamos estar juntos. A Secretaria de Cultura de Juazeiro ainda não lançou o novo edital Cultura Viva, com recursos da PNAB 2024. Diante da falta de satisfação e mobilização da secretaria, se faz urgente e necessário fortalecer nossa presença na consulta pública que definirá o Plano de Aplicação de Recursos (PAR) de Juazeiro. É esse documento que vai orientar como será feita a utilização da verba federal do segundo ciclo da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB) em Juazeiro, um recurso fundamental para garantir ações, projetos e fortalecimento da cadeia cultural no município.
A participação pode ser feita de duas formas:
É hora de mostrar que aprendemos com a história: quando a classe se une, as conquistas acontecem. Não podemos permitir que os recursos da PNAB sejam decididos sem a nossa participação direta. Cada opinião importa, cada voz fortalece, cada proposta ajuda a construir um caminho mais justo e representativo para a cultura em Juazeiro.
Não fique esperando na janela. Participe, se manifeste, traga suas ideias. A cultura de Juazeiro precisa de você para que o presente seja transformado e o futuro seja ainda mais potente.
Por João Gilberto Guimarães, cientista social pela Universidade Federal do Vale do São Francisco, graduando em história, produtor e agente cultural, escritor, coordenador do Círculo Literário Analítico Experimental (CLAE) e pesquisador das políticas públicas de cultura



