O Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Pública da Bahia (Sindlimp/BA) relatou, nesta quinta-feira (27), ao Portal Preto no Branco, que a instalação elétrica do Aterro Sanitário de Juazeiro ainda não foi realizada pela Coelba, situação que vem causando condições precárias de trabalho aos colaboradores do local. De acordo com o diretor do sindicato, Jamay Damasceno, a Coelba estaria se recusando a executar o serviço.
“Até o momento seguimos nas mesmas condições, mas lutando por melhorias. A informação que chegou até o sindicato foi que a Coelba está evitando, se negando a fazer a instalação elétrica do aterro sanitário. Fizemos a solicitação por meio de ofício encaminhado à Prefeitura de Juazeiro. Disseram que estão se negando porque existe uma dívida do SAAE com a companhia elétrica, e eles estão se esquivando de realizar essa instalação. Quem sofre na ponta da linha é o nosso trabalhador, que está sem beber uma água gelada, sem energia elétrica, e à noite tudo fica escuro no aterro. Fica a pergunta: cadê o papel social da Coelba nessa situação? Por que estão se negando? É uma dívida que não tem relação com a atual gestão. Quero entender da Coelba o que está se passando”, completou.
Por meio de nota, a Secretaria de Serviços Públicos (SESP) informou que “está em tratativas avançadas com a Coelba para viabilizar o fornecimento de energia elétrica no local. Atualmente, o refeitório e os banheiros estão em fase de construção, garantindo melhores condições de trabalho para as equipes. Enquanto o fornecimento de energia não é instalado, a SESP destaca que irá alinhar com a empresa responsável a disponibilização de água gelada para os trabalhadores, assegurando o bem-estar de todos.”
Encaminhamos o caso para a Neoenergia Coelba em busca de esclarecimentos.
O caso
O Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Pública da Bahia (Sindlimp/BA) denunciou novamente as condições precárias enfrentadas pelos trabalhadores do Aterro Sanitário de Juazeiro. Segundo o sindicato, desde março os trabalhadores aguardam ações de melhoria por parte do poder público, mas até agora nenhuma medida foi tomada.
“Desde março estamos aguardando as solicitações que fizemos à gestão municipal. O secretário Romário pediu até o dia 19 desse mês para resolver, mas até o momento nenhuma solicitação foi atendida. Pedimos condições dignas de trabalho. Nosso trabalhador está sofrendo e não vou deixar que isso permaneça. Queremos uma resposta concreta da prefeitura”, disse Jamay Damasceno, diretor-geral do sindicato.
Em ofício enviado à gestão municipal no dia 19 de março de 2025, o Sindlimp constatou as más condições de trabalho às quais os trabalhadores são submetidos.
“O aterro sanitário não dispõe de ponto de apoio, refeitório, sanitário com chuveiro e nem água mineral gelada […] o local não tem nem mesmo instalações elétricas que possam viabilizar a implementação dessas outras estruturas imprescindíveis aos trabalhadores”, afirmou o sindicato no documento.
Segundo o diretor-geral do Sindlimp, mesmo após o envio do ofício para a prefeitura e também para a Coelba, solicitando as melhorias, até o momento nenhum problema foi solucionado.
“Disseram que iam fazer a instalação elétrica até o dia 19, e não fizeram. Mas não é só a instalação elétrica, não. Depois da instalação elétrica vem a iluminação do aterro, vem o refeitório, que não foi concluído, tem o banheiro, que a gente pediu para ser construído. Está lá, o banheiro está construído, mas o trabalhador não pode utilizar porque está com defeito. Não tem água gelada para o trabalhador dentro do aterro, pois a água gelada também depende da energia elétrica. Tudo isso vem acontecendo há anos e ninguém nunca resolveu, só que desta vez, não dá mais para ‘empurrar com a barriga’. Precisamos de uma resposta. O pessoal está comendo junto com carrapato, com bicho, e aí não dá certo. É desumano. Aguardamos um retorno da prefeitura municipal. Se não tiver retorno até quarta-feira, o aterro vai parar”, disse Jamay Damasceno.
Redação PNB



