O ministro do STF, Alexandre de Moraes, determinou nesta quinta-feira (11) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passe por uma perícia médica oficial, a ser realizada por médicos da Polícia Federal em até 15 dias.
A decisão atende parcialmente ao pedido da defesa, que solicitou autorização para cirurgias e transferência para o hospital DF Star, em Brasília.
Moraes afirmou que Bolsonaro, preso na Superintendência da PF desde 22 de novembro e cumprindo pena de 27 anos e três meses pela tentativa de golpe de Estado, recebe atendimento médico contínuo e não apresentou, até o momento, quadro de urgência.
Ele também destacou que os exames entregues pela defesa não são recentes — o mais novo tem três meses — e não indicavam necessidade imediata de cirurgia.
A defesa alega que o ex-presidente sofre dores na região inguinal, agravadas por crises de soluços, e que o tratamento exigiria internação de cinco a sete dias.
Os advogados também pedem a concessão de prisão domiciliar humanitária, citando princípios constitucionais e propondo monitoramento eletrônico.
O regime domiciliar já havia sido aplicado entre 4 de agosto e 22 de novembro, mas foi revogado após Moraes apontar tentativa de violação da tornozeleira e risco de fuga.
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