“Profunda injustiça”, assim o prefeito de Petrolina, Julio Lóssio, caracteriza os valores pagos pela população do semiárido nas contas de energia. O termo foi utilizado em um ofício, redigido por Lóssio e encaminhado para o ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Filho. No documento, Lóssio convida o ministro a uma reflexão acerca das disparidades identificadas nos custos energéticos assumidos por uma parcela da população que, estatisticamente, concentra o maior percentual de pessoas abaixo da linha de pobreza.
O ofício, encaminhado para o ministro nos primeiros dias de julho, traz argumentos sobre a contradição de cidades, que circundam o Rio São Francisco e estão próximas de usinas hidrelétricas, responsáveis pela produção de 95% da energia consumida no Nordeste, terem as mesmas tarifas das contas de energia elétrica que são praticadas em outras regiões do país.
Para Lóssio, a redefinição dos custos operados para o semiárido é uma questão de justiça e ao acionar o Ministério, órgão regulador e fiscalizador dos modelos de energia praticados no país, propõe dirimir os impactos financeiros que o custeio da energia ocupa na renda familiar da população semiárida.
Ascom