A hora do pega pra capar por Otoniel Gondim

Leitor-eleitor arvora-se a grande hora… horizontes às vistas. Horizontes políticos e as mirabolantes tentativas para buscá-los se clareiam, se incendeiam, se aviltam, se entrelaçam, se antagonizam, se clamam. Leitor, prepare o seu auto-personaltrainer político, que vem é coisa d’agora em d’ante. Ô se vem, meu pai!

Para abrir os caminhos, que tal qual parodiar O Rappa?

              “PODEM VIR A MIM OS INSANOS HOMENS E OS POLÍTICOS MAUS QUE NÃO VÃO ME ABALAR… OS CÃES FAREJAM O MEDO, LOGO NÃO VÃO ME ENCONTRAR ”.

Lindinho de morrer, né não leitor?

Continuemos, apois…

A mais insofismável sacanagem disso é que, nessas benditas e maleditas horas, o eleitor vira gente, ser humano, coisa boa, tapinhas nas costas e beijinbeijin nos ombros. É um tal de “Querido eleitorzinho pra cá, queridinho eleitor pra lá” que até os deuses e os diabos vomitam, incrédulos. Por isso e mais que isso é que o cidadão politizado ou não tem que dar o troco no político enganoso, impróbrio, salafrário, leviano e, sem rodeios, safadão e descaradão mesmo. Ô se tem, meu pai! É o troco voto pontapé por ser, bota de longe nisso, a arma mais poderosa do povo contra os candidatos anti-povo.

O que mais incomoda a cada eleição é o mesmo velho discurso e aparecimento de última instância dos candidatos. Parece algo orquestrado e o povo levado em conta como mera massa de manobra. Bom, pode estar chegando ao fim, mesmo que aos poucos, essa cultura leviana e desumana de se achar que a grana, os favores empregatícios e as promessas ignóbeis e tanascas corresponderão a votos certos. Queiram os céus que essa pouca vergonha possa estar entrando em bancarrota pelo ralo do vaso sanitário.

A bipolaridade política continua a mesma: ESQUERDA VERSUS DIREITA. DEMOCRATAS VERSUS REACIONÁRIOS. E o eleitor no centro da escolha. Uma decisão que tem que ser sábia para que não se incorra em erros irreparáveis no futuro. O país vive, contemporaneamente, um momento delicado, de incertezas, de aviltamentos. Golpistas se armam para tomar o poder sem votos, via tapetão, esculhambação, descaramento eleitoral, usando de tudo e de todos: Judiciário, imprensa marrom, decretos, favorecimentos e compras vergonhosas desses e daqueles ladrões e propineiros vis. Pronto, amigo leitor, acabei de acabar o início do texto. Gostou? Amou?  Dourou? Brigadinho.

Dando um bastinha  para continuar abrindo  os caminhos, vamo que vamo de Oscar Wilde:

           “ COMO NÃO FOI GENIAL,
NÃO TEVE INIMIGOS”.

Ademais de lindo, né não leitor?

Continuemos, apois…

Juazeiro, eis-me nele, a postos de olhos e ouvidos atentos para mais um embate político. É preciso que os postulantes a cargos, sejam de prefeitos vice-prefeitos, vereadores, mudem o vicio desastroso das suas desavenças pessoais e ideológicas e partam, para o bem do eleitorado e do município em seu todo, para o campo das ideias, dos projetos, dos planos, dos programas para a melhoria da cidade e dos seus cidadãos. Para isso, existem as plenárias, a imprensa, as carreatas, os mini-comícios, os encontros, as visitas, as letras e melodias de campanhas e, por fim e o principal, os debates em rádios e TVs. É pouco, senhores públicos? É pouco? Nunquinha que não. Afinal, toda a cidade já os conhecem, sabem das origens, com quem andam, as suas coligações e os seus passados. Uns, a maioria, tenebrosos. Outros, nem tantos. Uns pouquíssimos outros, muito bem na fita. É, leitor politizado, observá-los à lá urubu preto satânico e à lá pomba branca da paz. Claro, meu querido, dos dois lados. Daí, tirar as próprias conclusões para enfim e por fim sacramentar vitoriosos os melhores, os mais humanos, os menos reaças, no sufrágio universal do dia 02 de outubro. Tá beleza de Creuza? Otonce, nome aos bois….

Candidato da situação, digo do chefe Isaac Carvalho, Paulo Bomfim carrega uma carga boa herdada do prefeito. Não pairam dúvidas de que isso faz de Paulo Bomfim, por também ter sido um dos coadjuvantes fortes e imprescindíveis nas mudanças benéficas à cidade e do povo, um potencial candidato. Sim, teoricamente e por ter ainda a máquina do governo a favor (E não me digam que não vão usar, pois, ninguém é besta não!) escapole escapulindo na dianteira. O que faz jus a todo grande trabalho da atual gestão, inclusive o seu, enquanto Secretário de Governo. Apesar dos inimigos políticos apontarem erros administrativos em alguns órgãos, falarem em contas rejeitadas e denunciarem  desvios de milhões sendo empurrados para debaixo do tapete pelo governo municipal que o apoia e o lançou, a candidatura Paulo Bomfim, está anos-luz à frente de qualquer opositor. Afinal, comprovado mesmo estão são os grandes avanços na educação, infraestrutura, saúde, salários em dias do funcionalismo, concursos públicos idôneos,  obras em todos os sentidos espalhadas pela cidade e interior, tal e etc. Até para o mais instruído e consciente eleitor, isso é o que vale e importa.

A oposição tem, isso é irrefutável, um candidato peso pesado e somente um desse peso: Joseph Bandeira. Apesar de perder eleição após eleição, Joseph é um mito histórico de muitos votos e aceitação popular. De oratória sublime, inflamatória, apelativa e populista, tem uma avalanche de votos. Sim, tem. Mas, mesmo essa avalanche de votos não o elegeriam. Precisaria de muito mais. Assim, ficaria onde sempre esteve nas outras vezes: No meio do caminho a choramingar até a próxima já que persiste, persiste e nunca desiste. Ama a prefeitura. Por que? Cê sabe, leitor curioso.

Euzinho Gondim, tomem. Otonce, qual a saída possível e sonhada pela oposição para fazer frente ao grupo Isaaquista e Paulo Bonfinista? A união. Somente a união de todos da oposição e, ao que parece em torno de Joseph Bandeira, poderia dar um alento. Ainda que nem tanto, já que o grande erro dos líderes oposicionistas é a ambição pessoal de cada um. Tipo “Tem de ser eu, se não for eu que seja eu…”. Tõ certo ou tô errado, Sinhôzinho Malta leitor? Hum, gostei dessa… Mais outro probleminha que é um grandioso problemão é Bandeira continuar ficha suja e inelegível. Aí, o sonho de voltar ao poder dos direitistas e pró-Temer descamba de vez ladeira abaixo. É esperar as convenções para ver e crer. Os outros acalentadores da oposição ao Paço Municipal de Juazeiro, por mais que se esforcem, correm por fora e sem votos para fazer cosquinhas. O engraçado é que, em conversas ouvidas aqui e alhures, a oposição está confiante em reverter a hoje dianteira de Paulo Bomfim, apostando no uso do horário  eleitoral gratuito e, principalmente, nos debates ao vivo nas rádios e TVs. De qualquer forma, a sabedoria e a prudência indica que eleição somente, na vera, se vence após o último voto. Portanto, as esperanças estão acesas e o processo político a pique chegando na hora do pega pra capar.

Buscando abrir mais os caminhos, uma pérola de Mário Quintana:

              “ TODOS ESTES QUE AÍ ESTÃO

ATRAVANCANDO O MEU CAMINHO,

ELES PASSARÃO.

EU PASSARINHO!”.

Lindo de matar e morrer, né não leitor?

Continuemos, apois.

Reitero ao leitor-eleitor, muito atentamento ao comportamento dos candidatos d’agora em d’ante. Importante analisar o que dizem, as verdades, as mentiras. Importante analisar o passado político e humano de todos. Importante, pois, quem vencer vai comandar uma legião de pessoas que necessitam de cuidados, carinhos, afagos, amor e seriedade do comandante e asseclas. A quem desmerece, agora sim!, dê o voto pontapé: NÃO VOTE! E ainda faça campanha contra…

Combinado, leitor amigo de todas as horas?  Obrigado pelo sim e abraços.

Fui, a querer ficar.

Otoniel Gondim – Professor, Escritor e Compositor.