Deputado afastado renunciou à presidência da Casa no mês passado. Peemedebista irá para apartamento funcional cedido pela Câmara.
O deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) entregou nesta segunda-feira (1º) as chaves da residência oficial da presidência da Câmara. Ele irá morar em um apartamento funcional, como os destinados aos demais parlamentares em Brasília, apesar de estar afastado do mandato.
No último dia 7, o peemedebista renunciou à presidência, meses depois de ter sido afastado do cargo pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A corte também suspendeu o seu mandato parlamentar por tempo indeterminado.
Após a renúncia, a diretoria-geral da Câmarainformou que Cunha teria até 30 dias para deixar a residência oficial. O prazo se encerraria no próximo dia 6 de agosto, mas o peemedebista antecipou sua saída.
Nesta segunda, a assessoria da Câmara divulgou o recibo de entrega das chaves, que foram recebidas pela administradora da residência oficial, Bernadette Maria França Amaral Soares.
Os deputados federais têm direito a um apartamento funcional ou a auxílio-moradia mensal de R$ 4.253. A Câmara dispõe de 432 apartamentos funcionais. Como são 513 deputados, os demais recebem o auxílio-moradia para morar em Brasília.
Pelas regras da Câmara, só têm direito ao benefício do apartamento funcional ou do auxílio-moradia os deputados no pleno exercício do mandato. Questionado se a Mesa Diretora não estaria desrespeitando a regra, o primeiro-secretário da Câmara, Beto Mansur (PRB-SP) disse que não via assim uma vez que a decisão do Supremo de afastá-lo é liminar (provisória).
“Nós entendemos que não [estamos desrespeitando a regra], até porque ele está afastado liminarmente e não houve uma determinação específicia por parte do Supremo no sentido de que maneira ele estaria afastado”, justificou o primeiro-secretário.
Churrasco de despedida
Na última semana, Cunha ofereceu um churrasco de despedida na residência oficial para cerca de 50 funcionários que trabalharam com o peemedebista durante o período em que ele ocupou a presidência da Câmara.
Estavam presentes assessores, seguranças, policiais legislativos, e funcionários da casa, além da mulher de Cunha, a jornalista Cláudia Cruz.
Parlamentares e políticos não foram convidados para o almoço que, segundo a assessoria do deputado afastado, foi custeado com recursos próprios de Eduardo Cunha em “um gesto de simpatia e gratidão” aos funcionários.
G1