Campanha de vacinação contra a gripe atinge 95,5% de cobertura

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No total, mais de 47,6 milhões de pessoas já estão protegidas até agora, segundo balanço do Ministério da Saúde. O DF e mais 21 estados superaram a meta de vacinar 80% do público-alvo

Mais de 47,6 milhões de pessoas já se vacinaram contra a influenza neste ano, o que representa uma cobertura de 95,5% do público-alvo da campanha, composto de 49,8 milhões de pessoas. Esta população é considerada de maior risco para desenvolver complicações causadas pela doença. Apesar de a campanha ter encerrado no dia 20 de maio, a vacinação prossegue em alguns estados e municípios, já que o Ministério da Saúde disponibilizou 54 milhões de doses da vacina – uma reserva técnica de 4,2 milhões de doses acima do quantitativo de pessoas que integram o público prioritário.

O público-alvo é formado por crianças de seis meses a menores de cinco anos (quatro anos, 11 meses e 29 dias), pessoas com 60 anos ou mais, trabalhadores de saúde, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional e pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis. As pessoas deste último grupo são mais vulneráveis a desenvolver a forma grave da doença. As crianças que tomaram a vacina pela primeira vez neste ano devem retornar aos postos de saúde para aplicação da 2ª dose até o dia 20 de junho.

De acordo com o balanço, o Distrito Federal se destacou vacinando até esta segunda-feira (6) quase a totalidade de seu público-alvo (99,5%), seguido pelos estados de São Paulo (97%), Espírito Santo (95,25), Paraná (93,2%), Rondônia (93%), Santa Catarina (92,9%), Goiás (92,5%) Minas Gerais (91,8%), Rio Grande do Sul (90,8) e Alagoas (90,1%). Os outros estados seguem com cobertura acima da meta de 80%, com exceção do Acre (76,2%) e Roraima (76,9%).

“A vacina é segura e é a principal arma para a gente reduzir as complicações, casos graves e óbitos decorrentes da gripe, assim como evita contaminar as pessoas que convivem conosco e que podem ser suscetíveis a complicações”, alertou a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, Carla Domingues.

Até o momento, a região Sudeste apresentou o melhor desempenho em relação à cobertura vacinal contra a influenza, com 93,9% de imunização, seguida pelas regiões Sul (92,3%); Centro-Oeste (90,9%); Nordeste (87,2%) e Norte (86,3%). Dentre os grupos prioritários para vacinação, os trabalhadores da saúde apresentam, até o momento, a maior cobertura, com 4,5 milhões de doses aplicadas, o que representa 110,4% dos profissionais a serem vacinados. Em seguida estão as puérperas, com 374 mil vacinadas (101,9%); 19,7 milhões de idosos (94,4%); crianças de seis meses a menores de cinco anos, com 10,8 milhões de vacinados (84,2%); 1,6 milhão de gestantes (74,1%).

Com 530 mil doses aplicadas, 85% dos indígenas já foram vacinados. Como a vacinação deste grupo é realizada em áreas remotas, a atualização dos dados segue outra dinâmica. Também foram aplicadas 463,6 mil na população privada de liberdade e trabalhadores do sistema prisional, e 9 milhões de doses nos grupos de pessoas com comorbidades. Os portadores de doenças crônicas não transmissíveis, o que inclui pessoas com deficiências específicas, também devem se vacinar. Para esses grupos não há meta específica de vacinação.

Após o encerramento da campanha nacional, no dia 20 de maio, o Ministério da Saúde recomendou a continuidade da vacinação aos estados que não atingiram a meta. Ficou a cargo dos estados e municípios, no entanto, avaliar se já tinham sido esgotadas todas as possibilidades de vacinação dos grupos-alvo. A partir desta análise, os estados foram orientados a definir o novo público a ser incluído na campanha, de acordo com as necessidades locais. Vale ressaltar que a vacina da gripe tem duração de um ano, e não deve ser devolvida.

A definição dos grupos prioritários segue a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), além de ser respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.

MEDICAMENTO – Todos os estados estão abastecidos com o Fosfato de Oseltamivir, medicamento para tratar a doença, e devem disponibilizá-lo em suas unidades de saúde. É importante que o medicamento seja administrado nas 48 horas do início dos sintomas.

Em 2016, o Ministério da Saúde enviou às secretarias de saúde dos estados, até a metade do mês de maio, 2.231.000 unidades Oseltamivir (30 mg), 1.884.300 de 45 mg e 6.981.000 de 75 mg.

O Oseltamivir faz parte do Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica (CESAF), cuja compra é centralizada, ou seja, o Ministério da Saúde é responsável pela aquisição. Cabe aos Estados, Distrito Federal e municípios a responsabilidade pelo armazenamento, controle de estoque e prazos de validade, distribuição e dispensação.

PREVENÇÃO – A transmissão dos vírus influenza ocorre pelo contato com secreções das vias respiratórias que são eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também ocorre por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas (boca, olhos, nariz). À população em geral, o Ministério da Saúde orienta a adoção de cuidados simples como formas de prevenção: lavar as mãos várias vezes ao dia, cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar, evitar tocar o rosto e não compartilhar objetos de uso pessoal, entre outros.

Em caso de síndrome gripal, a recomendação é procurar um serviço de saúde o mais rápido possível. A vacina contra a gripe não é capaz de eliminar a doença ou impedir a circulação do vírus. Por isso as medidas de prevenção são tão importantes, particularmente durante o período de maior circulação viral, que é entre os meses de junho e agosto.

Também é importante lembrar que, mesmo pessoas vacinadas, ao apresentarem os sintomas da gripe – especialmente se são integrantes de grupos mais vulneráveis às complicações – devem procurar, imediatamente, o serviço médico. Os sintomas da gripe são: febre, tosse ou dor na garganta, além de outros, como dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. Já o agravamento pode ser identificado por falta de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e prostração.

CASOS DA DOENÇA – Neste ano, até 30 de maio, foram registrados 4.704 casos de influenza de todos os tipos no Brasil. Deste total, 3.978 foram por influenza A (H1N1), sendo 764 óbitos, com registro de um caso importado (o vírus foi contraído em outro país). Os dados constam no Boletim Epidemiológico de Influenza do Ministério da Saúde.

O Brasil possui uma rede de unidades sentinelas para vigilância da influenza distribuídas em serviços de saúde de todas as unidades federadas do país, que monitoram a circulação do vírus influenza por meio de casos de síndrome gripal (SG) e síndrome respiratória aguda grave (SRAG).

A Região Sudeste concentra o maior número de casos (2.013) de influenza A H1N1, sendo 1.714 no estado de São Paulo. Outros estados que registraram casos neste ano foram Rio Grande do Sul (495); Paraná (466); Goiás (249); Mato Grosso do Sul (143); Pará (141); Rio de Janeiro (119); Santa Catarina (118); Espírito Santo (105); Distrito Federal (101); Bahia (84); Minas Gerais (75); Pernambuco (51); Ceará (32); Paraíba (18); Alagoas (17); Rio Grande do Norte (16); Mato Grosso (9); Rondônia (7); Amapá (6); Sergipe (3); Amazonas (3); Acre (2); Roraima (1); Maranhão (1), e Piauí (1).

Com relação ao número de óbitos, São Paulo registrou 352, seguido por Rio Grande do Sul (82); Paraná (54); Goiás (44); Rio de Janeiro (36); Santa Catarina (28); Mato Grosso do Sul (24); Espírito Santo (23); Minas Gerais (20); Minas Gerais (20); Bahia (18); Pará (18); Pernambuco (13); Distrito Federal (10); Paraíba (9); Ceará (8); Rio Grande do Norte (6); Mato Grosso (6); Alagoas (5); Amapá (4); Amazonas (2) e Maranhão (1).

Total de doses aplicadas (exceto em pessoas com comorbidades, população privada de liberdade e trabalhadores do sistema prisional) por UF

 

Estado

Vacinação contra a gripe – até 27 de maio

População prioritária

Doses aplicadas

Cobertura vacinal (%)

RO

302.412

281.347

93,03%

AC

170.024

129.552

76,2%

AM

869.062

748.771

86,2%

RR

150.116

115.485

77%

PA

1.491.529

1.291.345

86,6%

AP

139.546

124.179

89%

TO

292.131

257.572

88,2%

NORTE

3.414.820

2.948.221

86,4%

MA

1.390.900

1.191.089

85,6%

PI

645.402

517.690

80,2%

CE

1.776.416

1.563.058

88%

RN

669.091

556.916

83,2%

PB

853.196

761.104

89,2%

PE

1.887.670

1.681.665

89,1%

AL

636.571

573.831

90,1%

SE

408.849

364.163

89,2%

BA

2.900.022

2.528.665

87,2%

NORDESTE

11.168.117

9.738.181

87,2%

MG

4.118.983

3.780.421

91,8%

ES

722.718

687.829

95,2%

RJ

3.643.069

3.217.075

88,3%

SP

8.999.512

8.728.548

97%

SUDESTE

17.484.282

16.413.873

93,9%

PR

2.242.191

2.095.679

93,5%

SC

1.267.596

1.176.967

92,9%

RS

2.517.391

2.291.337

91%

SUL

6.027.178

5.563.983

92,3%

MS

582.399

514.787

88,4%

MT

623.834

520.167

83,4%

GO

1.219.467

1.128.197

92,5%

DF

498.646

496.036

99,5%

CENTRO-OESTE

2.924.346

2.659.187

91%

TOTAL

41.018.743

37.323445

91%

Total de público-alvo e doses da vacina entregues por UF

UF

Total Público-alvo

Total de doses entregues para a Campanha 2016

RO

350.256

376.700

AC

195.184

210.600

AM

942.947

1.037.900

RR

164.345

175.600

PA

1.704.531

1.846.400

AP

165.484

177.100

TO

326.013

349.700

NORTE

3.848760

4.174.000

MA

1.529.100

1.635.900

PI

732.193

783.500

CE

2.017.553

2.158.800

RN

776.019

830.400

PB

946.103

1.012.400

PE

2.095.962

2.242.300

AL

699.104

748.100

SE

454.675

486.600

BA

3.268.957

3.499.700

NORDESTE

12.519.666

13.397.700

MG

4.932.010

5.278.400

ES

849.659

909.200

RJ

4.165.042

4.456.600

SP

11.900.190

12.733.200

SUDESTE

21.846.902

23.377.400

PR

2.922.568

3.128.400

SC

1.759.539

1.885.300

RS

3.574.750

3.824.500

SUL

8.256.857

8.838.200

MS

667.922

722.200

MT

698.212

750.000

GO

1.433.414

1.533.800

DF

609.105

651.800

C.OESTE

3.408.653

3.657.800

BRASIL

49.880.838

53.445.100

 

Por Amanda Mendes, da Agência Saúde
Atendimento à Imprensa
(61) 3315-3580/2351

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