O Rio São Francisco é o maior rio que nasce e deságua no Brasil. Sua existência é fundamental para a vida de milhares de pessoas. Na última sexta-feira (3) foi comemorado o Dia Nacional em Defesa do Velho Chico e ontem (5) o dia Mundial do Meio Ambiente. Mas será que existe algo para ser comemorado?
O Rio vem sofrendo ao longo do tempo com diversos problemas. Um deles, é o avanço do mar sobre as suas águas doce. E para falar sobre esse tema, conversamos Ênio Costa, que além de ambientalista, também é Sargento Bombeiro, Pedagogo e Mestre em Educação. Ele falou sobre esse fenômeno e o que precisa ser feito para salvar o Velho Chico. Acompanhe:
ENTREVISTA- Por Yonara Santos
PNB: Qual a atual situação do Rio São Francisco, se tratando de destruição ambiental?
E.C: É situação é caótica e muito preocupante. O avanço mais claro da destruição do rio são as baronesas no lado de Petrolina. Sem contar todo processo de degradação ao longo de todo rio.
PNB: Podemos dizer que um dos problemas que rio enfrenta, é o avanço do mar sobre ele?
E.C: Sim. Existe uma influência da cunha salina no estuário do rio São Francisco e suas consequências são graves.
PNB: Explica como isso funciona e porque tá acontecendo?
E.C: O avanço da cunha salina ocorre quando a cunha de água salgada do mar avança ou se mistura com as águas doces do rio. Com a grande vazão que o rio tinha antigamente, a força não permitia a entrada de água salgada. Os pescadores relatam que antigamente não acontecia o fenômeno da água salobra invadindo o rio. Hoje, isso ocorre com frequência principalmente com as marés de maior amplitude.
PNB: Quais os problemas que esse avanço provoca no Rio?
A intrusão salina constitui uma ameaça potencial ao suprimento de água, tanto para abastecimento humano, quanto para uso industrial e animal. Por conta disso, há uma necessidade de se compreender os impactos atuais gerados pela regulação das vazões do rio pelas usinas hidrelétricas.
PNB: O que é preciso fazer para parar com esse problema? Algo está sendo feito?
Uma das possíveis saída para barrar o fenômeno de cunha salina, é aumentar a vazão do rio. Desconheço alguma ação governamental para barra o fenômeno, muito pelo contrario, falam em reduzir a vazão para 500 metros cúbicos. (hoje está em 800)
PNB: O que pode acontecer se nada for feito para acabar com esse problema?
Morte do rio com os seu ecossistema, ameaça ao potencial de suprimento de água doce.
Parabéns Enio, por trazer informações tão pertinentes sobre a vida do Rio São Francismo e da nossa também. Vamos cuidar do bem mais precioso que temos.
Aproveitando o ensejo e o texto , discutirei com meus acerca da problemática.