“Dia Estadual de Luta contra a Hanseníase” chama a atenção sobre a doença

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Para chamar a atenção sobre a doença e ampliar o diagnóstico, a data de 06 de junho foi instituída em Pernambuco como “Dia Estadual de Luta contra a Hanseníase”. De acordo com o dermatologista da Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada de Petrolina (UPAE/IMIP), Dr. Elson Viana, a hanseníase é uma doença antiga, global e ainda muito importante em países em desenvolvimento, sendo grande a prevalência no Brasil, em especial na região nordeste. “Por isso, ainda é válido falar sobre ela, até para diminuir o estigma social que carrega”, garante o especialista.

De forma geral, pode-se caracterizar a hanseníase como uma doença infecciosa crônica e curável, caracterizada particularmente por lesões na pele e danos aos nervos. É causada pelo agente etiológico Mycobacterium leprae (M. Leprae), e apresenta como sintomas lesões pálidas ou avermelhadas na pele, sensibilidade reduzida e dormência. O tratamento precoce a base de antibióticos evita incapacidades físicas.

“A micobactéria ataca o sistema nervoso periférico e provoca alterações de sensibilidade ao frio/calor, ao tato e à dor, podendo evoluir para uma perda de movimentos e fraqueza nas mãos e nos pés. Se não tratada pode tornar o paciente inapto a exercer suas atividades profissionais, tornando-o inválido. Dessa forma, o diagnóstico precoce é essencial, até como forma de evitar as sequelas neurológicas e musculares. É importante a gente deixar claro que a doença tem cura, se for devidamente tratada”, esclarece o médico especialista.

Aos primeiros sintomas da doença, que se apresenta através de manchas, geralmente esbranquiçadas, que podem aparecer em qualquer parte do corpo, acompanhadas de perda de sensibilidade, o paciente deve procurar o serviço de saúde. “O diagnóstico é clínico e todos os contactantes domiciliares devem ser investigados, pois a transmissão é feita por vias aéreas”, alerta.

O tratamento é gratuito, padronizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde (MS), e baseia-se na poliquimioterapia, constituída pelos medicamentos: rifampicina, dapsona e clofazimina. É realizada nos postos de saúde, necessitando que o paciente compareça à unidade uma vez por mês para tomar a medicação (dose supervisionada). O restante dos remédios o paciente pode administrar em casa.

Em Petrolina, a UPAE/IMIP é referência secundária no atendimento aos pacientes de hanseníase. “Isso significa que a referência principal é o posto de saúde do bairro. Geralmente, chegam à UPAE casos de difícil diagnóstico e pacientes com sequelas e reações provenientes da doença, que precisam de um acompanhamento”, explica a Enfermeira Gerente do Ambulatório, Ana Carolina Freire.

O fluxo para acesso à UPAE segue à determinação da Central Regional de Marcação. Desse modo, o paciente atendido em uma Unidade de Saúde da Família (USF), na abrangência da 8ª GERES, com encaminhamento para consulta especializada, deverá dirigir-se à recepção do serviço para que seja providenciado o envio da solicitação para a Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

 

Assessoria de Comunicação
UPA24h/UPAE – Petrolina – PE

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