Várias modalidades artísticas se apresentaram nas quatro noites do projeto visando a Virada Cultural em julho.
Mistura de cores, movimentos, ritmos, e muita energia junto. Arte em toda parte. Assim foi a noite de encerramento do projeto TERÇA CULTURAL, dia 07, no teatro de arena do Centro de Cultura João Gilberto. O projeto é uma realização da Prefeitura de Juazeiro, através da Secretaria de Cultura e Juventude (SECJU).
As categorias de dança, poesia/declamação e música (bandas autorais e não autorais) participaram de um concurso dividido em 4 noites de apresentações. Outros artistas especialmente convidados também participaram das noites de terça-feira, que ainda teve exibição de filmes, e exposição de artes plásticas na última noite. Quem chegava ao teatro-arena do CCJG era logo surpreendido pela exposição do artista plástico Rinaldo Lima, onde a nordestinidade era retratada com muitas cores, em múltiplas telas.
A noite da 1ª edição da Terça Cultural contou com uma programação extensa, plural, e reuniu pessoas das mais diversas tribos e idades, que animaram e abrilhantaram ainda mais a festa. Para o jovem João Paulo de Brito, 18 anos, que acompanhou todas as noites da Terça Cultural, o formato do evento está aprovado. “Tomei conhecimento, me interessei e gostei das apresentações das bandas, das letras sociais e políticas”, revelou. Fernanda Victória de Lima, 18 anos, acompanhada das amigas e amigos também aprovou a Terça Cultural. “É uma grande oportunidade para todos mostrarem sua arte, e também porque a juventude precisa deste tipo de entretenimento”, disse.
A poesia também foi lembrada e Elder Ferrari recitou uma Juazeiro encantada, banhada pelo Rio São Francisco, de João Gilberto Guimarães. A dança ficou por conta do grupo Norte BA Crew, que iniciou a militância hip hop na região em meados de 2010. Logo em seguida o rapper Edson Pop subiu ao palco fazendo sua rima, dando voz à periferia e mostrando que a arte é também um instrumento político e revolucionário.
O músico Silas França lembrou que já é São João no Nordeste e animou o público com seu arrasta-pé, além de mostrar toda a versatilidade da sanfona pelo Brasil e pelo mundo. A Banda Cabrón foi do rock ao brega trazendo composições próprias e grande sucessos da música brasileira, como Reginaldo Rossi.
Para Lucas Souza, da Banda Garagem 596, a Terça Cultural foi importante para que a banda se apresentasse a um público diverso. “Agradecemos pela oportunidade, é muito importante esta iniciativa de dar assistência a todas as bandas”, destacou Lucas, lembrando que a Garagem também é autoral.
A cantora Karla Laianne, 19 anos, Juazeiro, que encerrou a noite da última Terça Cultural, está com dois cds gravados, de uma carreira de pouco mais de 3 meses. “Estou feliz pelo convite da secretaria pra tocar na Terça Cultural. Este projeto é a valorização da cultura de Juazeiro”, disse agradecida.
Ainda se apresentaram na última noite do projeto as bandas Cajuhina e Estado Central, mostrando um repertório nacional de qualidade, arrancando aplausos de um público satisfeito. O secretário de Cultura e Juventude, Donizete Menezes, acompanhando de perto todas as apresentações, disse que o projeto tem mostrado o seu valor, reunindo muitos talentos, e com a clara aprovação do público que compareceu a todas as noites de terça.