Estão faltando competência e honestidade na oposição em Juazeiro. Ou seriam, oposições? É, porque até para ser oposição é preciso ter competência e honestidade. Tanto que os ‘líderes” políticos deixaram Juazeiro orfã de uma segunda via, um contra-ponto, uma oposição forte, inteligente e propositiva. O contraditório é saudável para a democracia. Como eleitora juazeirense criteriosa, eu queria ter opções de bons projetos para minha cidade. E poder fazer a minha escolha. Frustrada, afirmo que faltam competência e honestidade de intenções.
Senão, vejamos:
Salvo um ou outro que, às vésperas das eleições, pularam do barco após passearem nele e mais algum (a) assistencialista, os opositores ao atual governo passaram os quatros anos no pleno exercício da idiotia. Sim, idiotas, do grego “idiótes”. Aqueles que, segundo a acepção original da palavra definida pelos gregos há 2.500 anos, são cidadãos privados, que se dedicam apenas aos assuntos particulares. O contrário do cidadão que participa dos assuntos de ordem pública e se dedica a coletividade.
Pois bem, foram quatro anos trancados nos seus escritórios, cuidando das suas obrigações ou … devoções. Ninguém os via nas ruas, nos bairros, nas discussões, nos movimentos sociais e políticos da cidade.
As decisões foram tomadas e eles “nem aí”…
Ao apagar das luzes, eis que surgem sorrateiros, como se ninguém tivesse notado suas ausências e sobem no palco para seguir o velho script de atores medíocres dissimulando uma preocupação com o povo. Botam a cara no sol e vão aos bairros, associações de moradores, casa dos compadres, batizados, casamentos, velórios e aniversário de bonecas. Tiram da “cachola” soluções milagrosas para os problemas que só viram agora. Os discursos são os mesmos. Vazios e rasteiros. Projeto para a cidade mesmo que é bom, nada. Ora, se não foram capazes nem de traçar um projeto sério de oposição que oferecesse uma segunda via aos eleitores, como teriam um projeto de gestão para a cidade? Mas para que projeto para a cidade, se é tão fácil para quem quer mesmo é sentar na cadeira, copiar e colar um projeto na internet traçado para uma cidade qualquer? Talvez uma Juazeiro qualquer?
São incompetentes também na arte de encenar e falar com a população. Dizem, abertamente, que precisam se unir para “derrotar o governo que está aí”, para “vencer o atual gestor”. Um discurso que qualquer pessoa de inteligência mediana vai ler de cara: ” Nós não temos projeto para a coletividade” ou “Não é construir uma cidade que queremos. É vencer o grupo atual e assumir o poder”(ou voltar, quem sabe). Ora, não nos subestimem, por favor!
Não atuam bem, esses dublês. Ou imaginam que a gente não enxerga que eles pulam pra lá e pra cá, conforme suas conveniências; que mudam os discursos, as práticas, os “amigos”, as fotos, as siglas, os desafetos, os palanques, ideologias e compromissos. Todos querem ser um. Um prefeito. Um poder.
Falta honestidade. Sim, honestidade. Palavra originada do latim honos, que remete a dignidade e honra.
Uma característica de quem fala a verdade, não omite e nem dissimula. Indivíduo que repudia a malandragem, a esperteza e o querer levar vantagem em tudo. São desonestos quando jogam baixo e fazem uma política rasteira de agredir o outro, de desqualificá-lo, de xingá-lo, agindo bem “boca da noite”. Desta ira não escapa nem mãe. Mas quem quer derrotar, ataca mesmo. Já quem quer construir, adota comportamentos novos na arte de fazer política. E a faz com ética. Com integridade. Era isso que eu queria ver.
Juazeiro já anda bem calejado deste martírio de quatro em quatro anos. Já está descrente demais destes santos de última hora. A população deve está mais atenta ao instante de agora.
É de políticos que Juazeiro precisa. Políticos do jeito que definiram os gregos (citando-os mais uma vez), que quer dizer: alguém que coloca o bem comum acima de seus interesses individuais.
E não é isso que estamos vendo na confusa e esfacelada oposição de Juazeiro.
Composta por muitos interesses, sede de poder e foco no próprio umbigo.
Unam-se mesmo! E, para começar, desenhem um projeto de oposição. Depois disso, apresentem o que ainda têm a oferecer a Juazeiro, que já não conhecemos.
Por Sibelle Fonseca
Esplêndido!!! Ainda existem seres pensantes nesta terra. Eis que, nesta manhã do último dia do mês de junho, sou agraciado com estas palavras advindas de uma bela jovem, que me remeteu à declarar que há vida inteligente nesta terra que, sempre foi alcunhada até em terras d’além mar, com uma triste tríade. Nasci aqui e tive a felicidade de ir para a capital com apenas três anos de idade, há onze retornei, Salvador deu-me régua e compasso, mas passada esta década entristecido ainda fiquei ao constatar que as palavras que ouvi durante toda a vida por todos os cantos que andei teem sua insofismável veritate, ainda que num plano filosófico. Quando inquirido de onde nasci vinha a jocosa difamação ” a terra do calor, muriçoca e prostínulos”. Triste juá, aquele que cresce como rabo de cavalo, onde a chacota da palavra banca que me diziam que não viram porque lá em Salvador, banca era de revista. Ontem proferi do meu âmago que este “muro” é o símbolo maior do atraso desta cidade. A culpa? São muitos arautos da ignorância semeada num povo que, como burro de carroça, com a visão parcialmente vedada, tem enraizada dentro da mente a ” certeza ” de que certo é assim como o personagem do imortal baiano João Ubaldo em seu sargento Getúlio: Eu não gosto que as coisas mudem. O cerne do todo reside aí, não gostam, não aceitam o novo, a evolução que ocorre em todos os lugares, ecce é o povo, o que é responsável por tudo. Já declarei que não desejo terminar meus dias em tal lugar onde DIZEM que ainda usa-se máquina de escrever, ouve-se amplitude modulada que no mundo não se fabrica mais receptores, onde todos sabem que fulano é dono disso mas não está no nome dele, onde forasteiros se dão bem, onde chicotadas foram dadas em quem defendia a sociedade, onde a mostra de que está casado é ter amante, resumindo, pense num absurdo, aqui há precedentes.
Parabéns Sibele pelo texto. Objetivo e com argumentos de quem vive e conhece Juazeiro. Falta uma oposição séria e comprometida com a cidade, que tenha coragem e competência para apresentar e debater propostas para o município.
Sibele, que belíssima reflexão.
Não é uma realidade exclusiva de Juazeiro, todavia, concordo contigo, Juazeiro precisa dessa segunda via! Quem sabe de uma terceira, quarta… A gestão pública e a democracia necessitam dessa dinâmica.
Competência e honestidade sim, para oposição, situação, todos aqueles que estão e desejam contribuir com a “pólis”.
Olá Sibele, gosto e admiro muito o seu trabalho porem lhe peço de coração que não se venda pra esse governo corrupto que é esse prefeito de juazeiro.
Juazeiro todo sabe que a maioria dos blogs do vale do são francisco está recebendo dinheiro mensal da prefeitura, sei e coloco a mão no fogo que esse não é o seu caso, abraço e aguardo uma opinião sua agora sobre a posição, e o porquê de só agora as obras realmente chegarem a nossa cidade.
Hoje a vontade que tenho e de chorar, pois hoje vejo o povo virando
as costa aos que realmente fizeram por Juazeiro, estou vendo um povo rendido pelo dinheiro, hoje vejo o povo adormecendo, virando as costas a quem realmente fez por Juazeiro, o governo hoje de Juazeiro se resume a uma palavra da antiguidade e simplesmente um governo “Pão e Circo” e vejo também hoje na cidade oque esta acontecendo as quadras poliesportiva virando verdadeiras kracolandias, os mercados municipais descuidados, o lixo tomando conta das ruas de juazeiro e as praças abandonas, esgotos a céu aberto no suburbio, o interior nunca nem se quer algem vio o prefeito andar por la o único prefeito que fez por Juazeiro foi o professor universitario e advogado Joseph Bandeira que cobriu um canal inteiro na av luiz inacio lula da silva, foi quem construio o primeiro ginásio de esportes da cidade que o atual prefeito abandono joseph construio o primeiro restaurante popular da cidade que na época a comida custava um real foi joseph que construio o terminal de ônibus da cidade, foi ele que calçou 325 ruas na cidade foi joseph que asfaltou 267 ruas da cidade na época de joseph teve atrasos no salario? Teve mais em compensação construio um novo juazeiro pra se vive ele tirou juazeiro da lama e hoje sibele suja seu nome ao ser comprada com dinheiro pelo atual governo de isaac carvalho o malfeitor de juazeiro
Vc nos representa Sibelle, 08 anos e não conseguiram mudar nem o discurso quanto mais as praticas!
Como disse o Sr. Raimundo Lima: “Competência e honestidade sim, para oposição, situação, todos aqueles que estão e desejam contribuir com a “pólis”.”
Ótima reflexão!
Realmente o texto é reflexivo e desperta nos cidadãos juazeirenses uma vacância de opções para as eleições que se aproximam. O discurso da oposição até mesmo daqueles jovens postulantes ao cargo remetem simplesmente o desejo de ocupar o cargo de qualquer jeito, sem nenhuma proposição que nos faça acreditar, muito pelo contrário se continuarem por este caminho vão perder novamente. Ainda não vi por enquanto ideias e um olhar diferenciado para cada área ou setor da cidade. Já do lado da situação percebe-se pelo menos um discurso afinado e consciente das falhas e dos rumos a seguir. É lamentável que nossos políticos postulantes ao cargo do executivo ao longo dos tempos não tenham amadurecido como lideranças coerentes que possam ao menos nos oferecer possibilidades concretas. Parabéns Sibele sua visão crítica está em sintonia com o sentimento da maioria da população. juazeirense. Vamos aguardar o desenrolar dos próximos capítulos. E que Juazeiro seja contemplada com a honestidade e competência do próximo gestor.
Parabéns Sibele, sábias palavras!