Representatividade da mulher negra é tema de debate na Alba

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Comeoração do Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha Foto: Lázaro Sérgio/GOVBA
Nesta segunda-feira (25), data em que se comemora o Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, o Governo do Estado promoveu debate para discutir a ‘Representação e representatividade da mulher negra na Bahia’, na Assembleia Legislativa (Alba), em Salvador.
Comeoração do Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha Foto: Lázaro Sérgio/GOVBA
Comeoração do Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha
Foto: Lázaro Sérgio/GOVBA

O evento, aberto ao público, integra as mobilizações do Julho das Pretas e da Década Estadual Afrodescendente, que propõem avaliar as estratégias utilizadas no estado para superação de preconceitos, bem como incentivar a luta pela igualdade e a elaboração de políticas públicas voltadas para esse grupo. Além da mesa temática desta segunda, todo o mês de julho contou com programação intensa de atividades realizadas pelas secretarias de Política para as Mulheres (SPM) e Promoção da Igualdade Racial (Sepromi).

Comeoração do Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha Foto: Lázaro Sérgio/GOVBA
Comeoração do Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha
Foto: Lázaro Sérgio/GOVBA

Compondo a mesa temática na Alba, a jornalista e dramaturga Mônica Santana destacou os desafios e conquistas das mulheres negras ao longo do tempo. “Precisamos pensar mais nessas mulheres que foram sempre pouco escutadas, pouco visíveis e, quando tinham visibilidade, eram tratadas em uma perspectiva subalterna e, por vezes, animalizada. É louvável o quanto temos avançado, com mais e mais mulheres produzindo novos discursos, mostrando a sua potência. Este é um momento de reflexão importante. Por isso é que precisamos avançar ainda mais, ocupar ainda mais espaços de liderança. Esse é só o começo”, contou a jornalista.

Sobre as políticas públicas voltadas para as mulheres negras, a titular da Sepromi, Vera Lúcia Barbosa , ressaltou que é preciso refletir sobre as conquistas que a sociedade já teve até o momento. “Reconhecemos os nossos desafios e necessidade de adentrar ainda mais os espaços de poder, ter mais conquistas efetivas, mas já temos um arcabouço de leis e medidas que nos fortalecem nessa caminhada. Aqui na Bahia, nós temos o Estatuto da Promoção da Igualdade Racial, que é um marco muito simbólico, e, dentro dele, temos um capítulo voltado para as mulheres negras”, afirmou a secretária.

Vera Lúcia destacou outras políticas públicas significativas, como a formação do Grupo de Trabalho da Década Estadual Afrodescendente, com o envolvimento de nove secretarias estaduais, para construir um plano estratégico para a população negra, com o olhar especial para a mulher. “São conquistas importantes que precisam ser celebradas, mas sempre com o olhar no futuro e para o protagonismo dessas mulheres”.

Comeoração do Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha Foto: Lázaro Sérgio/GOVBA
Comeoração do Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha
Foto: Lázaro Sérgio/GOVBA

Julho das Pretas

Durante todo o mês, o tema ‘Mulher Negra e Poder: Lutas e Desafios’ norteou seminários, caminhadas, encontros de formação, oficinas, rodas de diálogo, campanhas e diversas outras ações. Em homenagem a Maria Felipa, julho foi celebrado com a mobilização da sociedade civil e dos movimentos sociais, em prol dos direitos e empoderamento das mulheres negras.

Para a secretária da SPM, Olívia Santana, trabalhar esse grupo especificamente é importante porque permite uma análise social de como se encontram essas mulheres no estado. “Trabalhamos para todas as mulheres do estado, mas quando fazemos ações voltadas para mulheres pobres ou em situação de vulnerabilidade social percebemos que quase a totalidade delas é negra”.

Olívia destacou ainda que as estatísticas de violência contra a mulher “apontam que, em um grupo de 100 mil mulheres, as negras sofrem duas vezes mais violência que as brancas. Isso tudo não é uma apenas coincidência. Precisamos olhar com mais atenção e trabalhar pela igualdade”.

SECOM Bahia

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