Curso forma multiplicadores para enfrentamento ao tráfico de mulheres e exploração sexual

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Foto: Ascom/SJDHDS

A situação das mulheres no contexto do tráfico de pessoas e as políticas de enfrentamento a esse tipo de crime estão em debate, durante o curso de Formação Inicial para Gestores e Sociedade Civil da Rede e do Comitê Baiano de Prevenção e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, iniciado na quarta-feira (27), no auditório do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), em Salvador. A iniciativa faz parte da campanha ‘Coração Azul’ organizada, em parceria, pelas secretarias estaduais de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS) e de Política para as Mulheres (SPM). A programação segue até esta sexta-feira (29) abordando assuntos relacionados ao combate ao tráfico humano.

Segundo a coordenadora do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Trabalho Escravo da SJDHDS, Isaura Genoveva, o objetivo da capacitação é formar multiplicadores que atuem no enfrentamento ao problema. “Esse curso apresenta um panorama sobre essa questão para que mais pessoas saibam como é executado o tráfico humano, quais as formas e práticas de aliciamento e o que se pode fazer para coibir esse crime”. Ele disse que “nosso esforço, em conjunto com a rede parceira, é para combater essa modalidade de crime, que posiciona a Bahia como quinto estado brasileiro no ranking de aliciamento para o tráfico de pessoas”.

Causas e consequências

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Foto: Ascom/SJDHDS

Participaram dos debates, na quarta-feira, representantes do Comitê Estadual de Prevenção e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, servidores públicos, profissionais que atuam nas áreas de turismo, enfrentamento à violência, segurança pública, além de operadores do Direito. Na ocasião, a advogada Taysa Matos explicou, em palestra, as principais causas e consequências desse fenômeno.

“Em pleno século XXI, ainda existe o tráfico de pessoas, sendo a terceira maior movimentação econômica do mundo, e 60% das pessoas traficadas são mulheres para exploração sexual. São essas [abordagens] que trazemos para alertar a sociedade. As mulheres ainda hoje são vistas como objeto e mercadoria por uma sociedade machista, patriarcal e branca”, lamentou a palestrante. De acordo com ela, o tráfico de pessoas movimenta, por ano, cerca de 32 bilhões de dólares, segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Para a agente voluntária de defesa social, Cristina dos Santos, a capacitação sobre o tráfico de pessoas, abordando a questão da violência contra as mulheres e o racismo, “desmitificou inúmeros preconceitos em relação a este crime e proporcionou um conhecimento mais profundo para sabermos como abordar e combater essas práticas, nos capacitando a atuar a favor dos direitos humanos”.

Fonte: Ascom/Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS)

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