Médico fala sobre a principal causa de mortalidade neonatal

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alvaro pacheco

Uma das principais preocupações das gestantes durante a gravidez é a prematuridade. Neste período a futura mamãe precisa ter muitos cuidados. O ginecologista e obstetra da Unimed Vale do São Francisco, Álvaro Pacheco, fala sobre o assunto e tira as principais dúvidas sobre o tema.

Segundo o médico, a prematuridade é o período da gestação dos fetos viáveis no qual alguns órgãos podem não ter atingido o seu potencial de desenvolvimento, dificultando a sua adaptação ou a manutenção da sua vida fora do útero. “Ela é definida como qualquer gestação acima de 22 semanas e anterior a 37 semanas gestacionais”, frisa Pacheco.

No Brasil, bem como no mundo inteiro, a prematuridade é a principal causa de mortalidade neonatal. Considerando-se o ano de 2014, 11% dos partos no Brasil foram de fetos prematuros, o que corresponde a mais de 300 mil partos naquele ano. “Em Petrolina, os indicadores são semelhantes aos nacionais, os partos de prematuros, correspondendo também a 11% dos nascimentos no município”, destaca o ginecologista.

Com o parto prematuro algumas complicações podem afetar o bebê. “Algumas funções essenciais para a vida podem não estar desenvolvidas no prematuro, a exemplo dos pulmões, o que pode levar a dificuldade para respirar. Outros, devido a imaturidade do sistema imunológico, podem ter uma imunidade plena, estando mais suscetíveis a infecções. De uma maneira geral, quanto mais distante da época de nascimento “ideal”, acima de 37 semanas, e quanto menor o peso, o recém-nascido apresenta maior risco de complicações”, alerta o médico.

Outra característica que Álvaro Pacheco destaca é a prematuridade em gestação anterior como um dos principais fatores de risco. “Além disso, pacientes que apresentam doenças previamente conhecidas como hipertensão ou diabetes também tem um risco aumentado. Outras condições também contribuem para o aumento dos prematuros como as gestações múltiplas, mulheres com malformações uterinas ou aquelas que fizeram procedimentos no colo do útero como a conização (para tratar lesões pré-cancerígenas)”, afirma.

Uma forma de evitar a prematuridade é a utilização do exame de ultrassonografia. “Este exame apareceu recentemente como uma forma de rastrear mulheres com maior risco de partos prematuros e vem sendo utilizada sistematicamente com este intuito em alguns países, a exemplo da Inglaterra e Estados Unidos”, ressalta o ginecologista.

“Recomenda-se que todas as gestantes entre 18-22 semanas sejam submetidas a avaliação ultrassonográfica do colo uterino. Para aquelas mulheres com o colo considerado “curto” (menor que 2,5cm) é oferecida alguma medida que reduz o risco de nascimento pretermo, a exemplo da cerclagem uterina, do uso da Progesterona ou de um dispositivo chamado Pessário”, finaliza Álvaro Pacheco.

Ascom

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