O Programa Palavra de Mulher – Rádio Cidade AM 870 e o Portal Preto No Branco, conduzidos pela jornalista Sibelle Fonseca, com apoio da Comissão de Mulheres da OAB – Subsecção Juazeiro, Sintrab -Saúde, Marcha Mundial das Mulheres, Nascer Sertão, Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro e Fundação Afro Umoja, lançarão logo mais às nove da manhã, no Rapport Hotel, uma campanha de enfrentamento à violência doméstica, que marcará os 10 anos da Lei Maria da Penha (11.340 de 2006), criada em sete de agosto de 2006.
Este ano, também marcado por eleições municipais em todo país, o tema central da campanha será direcionado à escolha de representantes que sejam sensíveis à luta das mulheres – e de toda sociedade – contra a violência doméstica.
“Bateu, não levou. Quem Bate em Mulher não Merece Levar seu voto”, será o tema de reflexão da campanha, fazendo um apelo à cultura da paz e ao combate a todos os tipos de violência preconizados na Lei Maria da Penha: Violência física, Violência sexual, Violência psicológica e moral, Violência patrimonial, Violência intrafamiliar, Violência conjugal e Violência institucional.
Mesmo após dez anos de criada, o Mapa da Violência aponta ainda que, entre 1980 e 2010, ocorreram 92.100 homicídios de mulheres no Brasil. O percentual de mortes que ocorreram na residência da vítima foi de 41%, de acordo com a pesquisa. Em 2011 no Brasil, 70.270 mulheres foram agredidas e deram entrada em emergências médicas. Mais de 50% das mulheres agredidas nesse período informaram que a agressão ocorreu dentro de casa e a maioria dos agressores foram os parceiros, ex-parceiros ou cônjuges.
Já existe uma discussão na Câmara Federal que propõe a inelegibilidade de políticos condenados por violência doméstica contra mulheres. Eles passariam a ser considerados fichas-sujas e não poderiam mais disputar um mandato eletivo pelo período de oito anos após o cumprimento da pena, atingindo inclusive, aqueles que foram condenados a penas alternativas.
A campanha “Bateu, não levou. Quem Bate em Mulher não Merece Levar seu voto”, pretende repudiar à violência doméstica e familiar contra a mulher e conclamar o eleitorado para, através do voto, erradicar essa execrável forma de violação dos direitos humanos ainda presente em todos os segmentos sociais e com números assustadores.
A Lei da Ficha Limpa já considera inelegíveis candidatos condenados por vários tipos de crime: contra a economia popular, a administração pública, o sistema financeiro, o meio ambiente e a saúde pública, compra de votos, abuso de autoridade, lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, racismo, tortura, terrorismo e crimes contra a vida e a dignidade sexual também estão na lista.
O eleitorado feminino no Brasil tem crescido ano a ano no país. Nestas eleições, pela 1ª vez, ele será maior que o masculino nos 27 estados do país. 76,5 milhões de mulheres estão cadastradas na Justiça Eleitoral. 6,7 milhões a mais que os homens. O país tem hoje 146,4 milhões de votantes.
