Para comemorar seus 38 anos dedicados à defesa dos direitos humanos das mulheres em situação de prostituição, a Pastoral da Mulher realizará uma programação especial para o público atendido em sua sede. As mulheres terão acesso à realização de exames preventivos e orientações médicas (12 de agosto), bem como a oportunidade de levantar a autoestima com serviços gratuitos de limpeza de pele, design de sobrancelhas e escova (8 de agosto).
Uma celebração para festejar a caminhada da instituição acontecerá no dia 10 de agosto, data oficial do aniversário. Fundada em 1978 como escola profissionalizante, atualmente a Pastoral da Mulher é um projeto coordenado pelo Instituto das Irmãs Oblatas, que desenvolve um trabalho de sensibilização e humanização sobre a realidade da mulher que se prostitui, projetando-se para gerar um processo de transformação social, econômica e política.
“Ao longo dos anos, o projeto vem cumprindo a sua missão de defender os direitos das mulheres e de proporcionar, por meio de suas ações, possibilidades para que elas possam ser protagonistas de suas histórias”, comenta Fernanda Lins (coordenadora da Pastoral da Mulher). No espaço da Pastoral, as mulheres acolhidas recebem acompanhamento psicológico, social, jurídico e espiritual, além de incentivo à formação e educação.
Sobre a Pastoral da Mulher de Juazeiro
Em 1978, nasceu na Diocese de Juazeiro – BA, um trabalho pastoral voltado para o atendimento às mulheres marginalizadas.
Este trabalho surgiu com Dom Tomas Guilherme Murphy – o primeiro bispo da Diocese – e um grupo de voluntárias, que se sensibilizaram pela realidade de exclusão na qual viviam as mulheres. O trabalho teve início como “Escola Profissionalizante São José” e um ano depois teve seu nome modificado para “Escola Senhor do Bonfim”. Em 1981, Dom José Rodrigues, então Bispo de Juazeiro, convidou as Irmãs Oblatas para assumirem o trabalho pastoral e a instituição passou a se chamar “Pastoral da Mulher de Juazeiro”. Com a grande migração humana neste período, segundo registro da época, havia aproximadamente 2.000 mulheres, provindas das várias cidades da região e estados, vivendo em situação de exploração, violência e esquecimento social. Há 38 anos a Pastoral da Mulher segue com o seu trabalho, sendo presença solidária e comprometida com as mulheres em situação de prostituição, contando com o constante apoio das Irmãs Oblatas, funcionários, voluntários e de pessoas encorajadas pelo espírito de companheirismo, dinamismo e, principalmente, pelo envolvimento no trabalho social.