“A tortura no Brasil é uma política de estado” diz grupo Beatriz Clama por Justiça

“A justiça e a segurança são valores supremos, contemplados e garantidos pela Constituição Federal, e a efetividade da segurança pública é de responsabilidade e dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, nos termos do artigo 144 da Constituição da República.

Os problemas relacionados à segurança pública são da conta de TODOS e de cada um dos órgãos, o que, em tese, deveria conduzir ao compartilhamento e não à transferência de responsabilidades.
O caso Beatriz virou uma bola, onde é jogado de um lado para outro, sem ninguém capaz de solucionar o problema, ou corajoso o suficiente para apontar e punir os envolvidos. Existem suspeitos, mas porque nunca existiu nenhuma prisão preventiva??? Quem souber, explica o que é a prevaricação…

A investigação criminal é atribuição da polícia judiciária, o cargo de delegado de polícia não se encontra nem sozinho e muito menos desligado dos outros cargos existentes dentro desta hierarquização. O papel da autoridade policial é de suma importância, ele é o elemento que conduz, investiga e colhe provas que possam auxiliar a justiça no desenrolar do processo e aplicação das penas aos culpados.
Até aí tudo do bem, a teoria está linda!

Mas, quanto tempo mais ainda será preciso para “investigar” este caso? Já se completaram 9 meses.
Já é tempo de substituições!!!!

Em um time de futebol quando equipe não alcança vitórias, mexe-se onde? Nos jogadores??
Não!!! No técnico. Toda equipe tem um líder, e se toda ela vai mal, a falha não está nos integrantes, isoladamente, está na liderança.

A sociedade precisa, não apenas de respostas à qualquer tempo, no seu tempo, no seu modo, a sociedade precisa, antes de tudo, de celeridade. De comprometimento, de responsabilidade, de humanidade. E se não és capaz de prestar um serviço eficiente e hábil, pede pra sair! Mas, o que não cabe mais é silêncio e vaidades.

Precisamos de solução, já! O que está faltando?? Coragem??

No caso da Boate Kiss, no Rio Grande do Sul, poucos dias depois os sócios e dois integrantes da banda foram indiciados pelos crimes de homicídio doloso (QUANDO HÁ A INTENÇÃO DE MATAR), e tentativa de homicídio. Foram presos e liberados, respondendo o processo em liberdade, mas foram PRESOS!
Ah! Vale lembrar que a Polícia prende, mas quem solta não é ela!
Percebam que em ambos os casos OS SUSPEITOS foram apontados, mas no caso de Beatriz, NENHUM foi, sequer, indiciado, imagina detido.
Por falta de provas, Srs??? Agora vão dizer que a “culpa” é da perícia que não as apresentou, ou, não foram suficientes para nenhuma cautelar…
As perícias são de suma importância para a descoberta de provas e na ajuda para a descoberta da autoria de crimes, sendo fundamental para a polícia judiciária no cumprimento do seu papel. O juiz SÓ pode decretar a prisão preventiva para os crimes dolosos punidos com reclusão, detenção, se ficar demonstrado que o indiciado seja o autor do fato delituoso. Desta forma, os pressupostos para que se dê a prisão cautelar são a EXISTÊNCIA DE PROVA DA OCORRÊNCIA DO CRIME E QUE EXISTAM INDÍCIOS SUFICIENTES DA SUA AUTORIA.

E eles existem, não??????????????????????????????????????????????????????????????????

A Diretora da Instituição, inclusive presente no dia do crime, foi transferida antes da conclusão do inquérito, e mais, na época não existiam sequer suspeitos.
Sim… Já foi dito que esta transferência é procedimento de praxe e que já estava protocolada… Mas, como se permite a saída da cidade, do país, de uma pessoa que, com certeza, faz parte dos autos? Ela não saiu sem autorização. Quem autorizou e por que autorizou?

Em maio deste ano, uma professora foi assassinada pelo marido dentro da Escola em que trabalhava, em Salvador, IMEDIATAMENTE, as aulas foram suspensas e a escola fechada. E porque o Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, palco da tragédia, nunca foi fechado???
A Lei difere entre Escolas públicas e privadas? Ou difere a aplicação dela?

Houve negligência, imprudência e imperícia? E se houve, de onde parte???

A Secretaria Municipal da Educação da Bahia disponibilizou acompanhamento de psicólogos, assistentes sociais e pedagogos, por tempo indeterminado, para os alunos, pais e funcionários, e a equipe interdisciplinar da Escola trabalhará temas como luto, perda e violência de gênero.
E o que fez o Auxiliadora??? Qual o tipo de suporte ofereceu? À quem? A família já declarou inúmeras vezes que nunca foi oferecido suporte algum por parte da Instituição. Todo o suporte oferecido partiu de particulares, de pessoas de bom coração e de Universidades.
Desta forma, nos deixam confusos e apreensivos, quais valores são passados para as crianças que ainda ali estudam?
O Colégio parece estar mais preocupado em tentar limpar, se é que é possível, sua imagem para com os pais que ainda tem suas crianças lá. São várias reuniões, riquíssimas em prosa, que estão colaborando com as investigações, que ofereceram todo o suporte necessário para os familiares de Beatriz, que serão feitos vários investimento em segurança, etc, etc, etc, balela, balela, balela… Faltou só inaugurar as câmeras instaladas, com direito a corte de faixa. Mas quem a iria cortar?
…
Irresponsabilidades, negligências, morosidade, desamor. Requisitos do Estado de Pernambuco.

A justiça não se faz com dois pesos e duas medidas. A disparidade de tratamento nos casos deixa a população, não só incomodada com essa lentidão que leva à impunidade, mas descrente e com a imagem negativa, principalmente da polícia.
A Polícia Judiciária é o olho da justiça, se ela não enxerga, nada se resolve.
Justiça que tarda falha. Falha porque tarda.
E a Justiça se fez injusta porque tardou em decidir.
Má formação policial e omissão do poder público e da sociedade são a base da cultura de violência. Cultura sim.
A tortura, no Brasil, é uma política de Estado.
SOMOS TODOS BEATRIZ!

#FORAMARCEONE“

Grupo Beatriz Clama Por Justiça