“Remanso mudou” – É a declaração de Jailson Bola, um dos líderes do movimento que toda a terça-feira vem conseguindo mobilizar entre 100 a 200 pessoas para ocupar o plenário da Câmara de Vereadores no horário das sessões plenárias da Câmara de Vereadores de Remanso e tem conseguido impedir a votação do projeto de lei que aumenta os vencimentos dos vereadores, prefeito, vice e secretários.
Convocados por grupos de WhatsApp, Facebook e outras redes sociais, os manifestantes ocupam as galerias e as dependências da Câmara cobrando trabalho dos vereadores. Na semana passada o projeto foi retirado de pauta e só foi aprovado um outro projeto estabelecendo 60 dias de prazo para o corte de água pelo SAAE.
Fagno Dias, ativista nas redes sociais, diz que “a luta não vai parar. Temos bairros inteiros sem água, um número enorme de pais de família sem emprego e sem perspectiva de futuro, postos de saúde abandonados, sem médicos e sem remédios. Esta é uma cidade que está morrendo e os vereadores e o prefeito só pensam em si mesmos”.
Resultado da intensa mobilização popular, que deu à oposição em Remanso a quase vitória nas eleições municipais, as manifestações miram nos vereadores, mas a intenção é continuar a “olhar de perto, fiscalizar e denunciar” todos os atos do próximo prefeito: “Ele é o último coronel do sertão, está acostumado a governar com um chicote na mão e dinheiro na outra. Desta vez ele vai encontrar um povo unido e disposto a cobrar trabalho” – Acrescenta Fagno Dias.