Após mais de 1 ano da morte do jovem Filipe Kupi, que foi atropelado enquanto travessava uma rua nas proximidades do terminal de ônibus em Juazeiro-BA, o caso continua sem desfecho. A primeira audiência está marcada para acontecer amanhã (10), no Fórum Conselheiro Luiz Viana, a partir das 10h.
Para sensibilizar a população e não deixar que o caso caia no esquecimento, familiares e amigos de Filipe vão realizar uma manifestação silenciosa em frente ao fórum horas antes da audiência. Segundo Camilla Thais, amiga do jovem e uma das organizadoras da manifestação, o ato vai acontecer a partir das 8h, quando os manifestantes exibirão cartazes e faixas pedindo justiça. “A luta pelo caso Filipe Kupi está sendo árdua, nós estamos fazendo o possível para que tudo não caia no esquecimento e procuramos fazer da nossa campanha um meio de conscientização”, declarou.
Após a morte de Filipe Kupi, os amigos e familiares criaram o grupo “Somos Todos Filipe Kupi”, que vem realizando ações para cobrar justiça. “Em Junho, nos juntamos com outros dois casos sem solução aqui do Vale (Alison Dantas e Beatriz Mota), em uma manifestação. Nós ressaltamos que mesmo sendo casos diferentes, tem em comum a ânsia por justiça e pelo não esquecimento. Também realizamos pequenos atos individuais. Fizemos a primeira passeata pouco tempo após a morte de Filipe; colocamos um outdoor com a colaboração de terceiros, que se solidarizaram com nossa luta e fizeram doações. Além disso, houve missas, que foram formas de união e apoio entre os amigos e familiares dele. Atualmente, idealizávamos outro outdoor e alguns vídeos para circularem nas redes sociais, mas não estamos recebendo muitas doações, é triste saber que tudo pode cair no esquecimento e virar uma mera estatística”, desabafou Camilla.
Familiares e amigos de Filipe Kupi continuam afirmando que não querem vingança e sim justiça para que isso não venha acontecer com outras famílias. “A mãe de Filipe esteve aqui em Juazeiro recentemente, e é notável a dor e o desejo por um desfecho, uma resolução. Ela também se solidariza por outras mães que perdem seus filhos, pois se identifica com as mesmas, e quer que a tragédia sirva como premissa para que não hajam outros Filipes, outras mães chorando” conclui Camilla.
Filipe Kupi tinha apenas 19 anos, era natural de Senhor do Bonfim-BA e estava morando em Juazeiro, onde cursava Direito da Universidade do Estado da Bahia (Uneb). Ano passado, foi atropelado por outro jovem que, segundo o advogado Murilo Ricardo da Silva Alves, “estava em velocidade altíssima”, arremessando o corpo de Filipe quase 100 metros distante do local do acidente.
Da Redação -Yonara Santos
