A Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE) e Centrais Sindicais se unem no Dia Nacional de Paralisações e Greves, dia 11 de novembro (sexta-feira), visando fortalecer as lutas contra as reformas da Previdência e Trabalhista; em defesa de empregos e salários. A expectativa é de união de classe trabalhadora contra um governo que tem em sua origem um golpe parlamentar que derrubou a presidenta eleita Dilma Rousseff.
Uma breve análise do cenário político nos últimos meses mostra que desde que Michel Temer (PMDB) sentou na cadeira da presidência, um alvo ficou evidente: os direitos das trabalhadoras e dos trabalhadores. De acordo com as entidades representativas dos trabalhadores (as) é preciso fortalecer as lutas contra a PEC 55 (ex-241) e todos os ataques de retirada de direitos e conquistas.
O presidente da CUT-PE, Carlos Veras, destaca que os ataques que a classe trabalhadora vêm sofrendo não são poucos. Segundo ele, o desemprego atinge 22 milhões de pessoas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Governo Temer pretende resolver essa crise retirando importantes direitos trabalhistas e sociais. .
“A Reforma da Previdência pretende aumentar a idade mínima para aposentadoria para 65 anos, para homens e mulheres do setor público e da iniciativa privada. Já a reforma Trabalhista quer permitir que o que for negociado entre sindicatos e patrões valha mais do que os direitos adquiridos na CLT. Ou seja, não teremos mais garantidos férias, 13% salário, horas extras e outros direitos”, frisou.
Segundo ele, a liberação total da terceirização pode ser votada nos próximos dias pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ou seja, é acabar com o trabalho formal e legalizar ainda mais a precarização das condições de trabalho. Veras criticou também a Proposta de Emenda Constitucional 55 (ex-241) que congela em 20 anos o orçamento para os serviços públicos, entre eles saúde e educação, assim como salários e carreira de servidores públicos. Se esta PEC estivesse sido aprovada há 20 anos, o salário mínimo, hoje, seria de R$ 400,00
“Não podemos aceitar esses ataques que estão sendo impostos pelo Governo Temer e este Congresso, por isso as Centrais Sindicais estão convocando as trabalhadoras e trabalhadoras unir forças neste Dia Nacional de Paralisações e Greves, 11 de novembro. Nenhum direito a menos”, assinalou.
Ascom CUT