Michel Temer será anfitrião de mais um jantar que vai reunir nesta quarta-feira (16) senadores da base aliada, no Palácio da Alvorada, para pedir apoio à votação da PEC 241 na Câmara e 55 no Senado, que congela o gasto público, em termos reais, por 20 anos, comprometendo investimentos em setores importantes como saúde e educação. A votação no Senado está prevista para o próximo dia 29 e para aprovação serão necessários o mínimo de 49 dos 81 senadores votantes. Após a votação do dia 29, haverá um segundo turno de votação previsto para 13 de dezembro. Michel Temer vai repetir, com os senadores, a mesma gentileza oferecida aos deputados aliados antes da votação em primeiro turno. Gentileza que gerou gentileza e resultou na aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) na Câmara dos deputados. A intenção do governo é acelerar a votação da PEC e concluir o processo ainda neste ano. Temer declarou em reunião com parlamentares no dia 9 de outubro, que está “cortando na carne todo e qualquer movimento ou ação corporativa que possa tisnar a PEC do Teto, o que não pode ser admitido”.
Outro assunto que poderá ser colocado na mesa do jantar de hoje é a iniciativa de Renan Calheiros de criar uma Comissão Especial no Senado para fazer um “pente-fino” em super salários. Será? A comissão instalada no Senado por Renan, alvo da Operação Lava Jato, tem como objetivo fazer um levantamento de todos os vencimentos acima do teto de R$ 33.763, tanto do Executivo como do Legislativo e Judiciário. Geddel disse que “ninguém está impedido de falar sobre nada” no encontro e disse mais: “É preciso parar de patrulhar o poder do Congresso de legislar. Isso é do jogo”, afirmou o ministro da Secretaria de Governo, numa referência à polêmica referente ao confronto entre os Poderes.
O ministro Geddel também elogiou a estratégia de Temer de organizar seus jantares, inclusive defendeu a intenção do presidente de também convidar, posteriormente, integrantes do Judiciário e do Tribunal de Contas da União (TCU) “Não existe perseguição. O Judiciário é para julgar, o Congresso para legislar e o Executivo para governar”, comentou Geddel.