Protocolo de atendimento para Síndromes Hipertensivas Gestacionais (SHG) do HDM/IMIP é apresentado

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Foi elaborada uma nova classificação para as SHG, com terminologia inédita e pioneira na literatura médica mundial. Medida visa diminuir taxa de partos prematuros, sem aumentar o risco para as mães.

protocolo

Neste mês de novembro, foi apresentado através de videoconferência para a equipe médica do IMIP Recife o “Protocolo de Petrolina para Síndromes Hipertensivas Gestacionais” do Hospital do Malan/IMIP. A exposição foi realizada pelo coordenador da UTI Obstétrica do HDM, Alvaro Pacheco. Pela primeira vez que uma reunião com temática própria e inédita da unidade foi apresentada na tradicional reunião do grupo da Tocoginecologia de Recife.

“O protocolo foi acolhido com entusiasmo pelas equipes dos serviços dos dois hospitais-parceiros pelo potencial que apresenta, tanto em relação à questão assistencial (por diminuir a taxa de partos prematuros nascidos nos serviços sem aumentar o risco para as mães), como também pela perspectiva de estudos futuros sobre o tema, já que toda a implantação e execução do protocolo será monitorada por um grupo de gerenciamento de Obstetras do HDM”, ressalta Pacheco.

O ginecologista explica que as Síndromes Hipertensivas Gestacionais (SHG) são a principal causa da morte de mulheres grávidas no Brasil. “No mundo inteiro ocorrem cerca de 70 mil mortes em consequência da SHG, especialmente da sua forma mais conhecida, a pré-eclâmpsia”, pontua.

Porém as mortes das gestante são apenas uma parte do problema causado pela condição. “Estudos sugerem que as Síndromes Hipertensivas Gestacionais são uma das principais causas de prematuridade. A antecipação do parto é em alguns casos a única forma de evitar complicações para a mãe e também de evitar a morte do feto dentro do útero”, enfatiza o médico.

Pacheco também afirma que estima-se que a cada 30 segundos morre uma criança em decorrência de complicações causadas pele prematuridade. Mesmo entre aqueles recém-nascidos que não morrem por conta de nascerem antes do tempo esperado existe um aumento de risco significativos de complicações ao seu potencial de crescimento, com o desenvolvimento de problemas pulmonares, endocrinológicos e mesmo comportamentais como ansiedade ou distúrbios de atenção, por exemplo.

Baseando-se em revisão bibliográfica extensa e atualizada e na experiência do serviço do HDM que é referência em todo o Vale do São Francisco para gestações de alto risco, foi desenvolvida pela equipe de obstetras do Hospital Dom Malan uma nova classificação para as Síndromes Hipertensivas Gestacionais, com terminologia inédita e pioneira na literatura médica mundial.

“Na referida proposta, além da nova terminologia, passaram a ser incorporados cuidados para a redução dos recém nascidos próximos ao tempo adequado de nascer, denominados de “prematuros tardios”, como a administração de corticoides para diminuir o risco de complicações como a síndrome do Desconforto Respiratório, a necessidade de Reanimação Neonatal ou mesmo o risco de Paralisia Cerebral”, finaliza o coordenador.

ASSESSORIA DE IMPRENSA HOSPITAL DOM MALAN/IMIP – PETROLINA (PE)

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