“A partir de hoje teremos professores na universidade para dar aula”, afirmou presidente do DA de agronomia da Uneb, em Juazeiro(BA)

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Na manhã desta quinta-feira (24), estudantes do curso de agronomia da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), em Juazeiro-BA, decidiram romper a ocupação no campus e voltar às aulas.  Para isso contaram com o apoio de alguns professores que ministraram as aulas, ao ar livre, embaixo de uma árvore, já que as chaves das salas estão em poder dos estudantes da ocupação, de acordo com Ary Paiva, Presidente do DA de agronomia.

“A pedido do Diretório Acadêmico livre de agronomia e respeitando a decisão da maioria dos alunos do curso, os professores do DTCS campus Juazeiro da Uneb, retomaram as aulas. As salas de aula estavam bloqueadas com grades e correntes, mas os professores ministraram as aulas fora “, disse Ary.
Segundo o estudante o Professor Clarismar Campos, titular da disciplina de secagem e armazenamento de grãos, reuniu os estudantes e deu aula fora da sala, afirmando “não ser um professor “data-show”. Outro professor que aderiu a aula fora da sala, foi Ruy Carvalho que deu aula da disciplina de propagação, sendo seguido por mais outro que  ministrou melhoramento genético.
“A partir de hoje teremos professores na universidade para dar aula. O regimento da Universidade diz que as aulas, para serem registradas, tem que ter no mínimo 20% dos alunos matriculados na disciplina. Somente hoje, tínhamos cerca de 70 alunos em aula e a tendência é aumentar este número” afirmou o estudante.
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Ary Paiva assegura que muitos alunos das cidades vizinhas se manifestaram a favor do retorno as aulas e estão voltando para dar seguimento ao curso. “Nosso movimento é pacifico. Os alunos que quiserem continuar ocupando o campus podem continuar. Eles têm o direito de protestar e nos temos o direito de estudar. Nossa luta é pelo retorno das aulas, finalizou.

No último dia 18 de novembro completou um mês de ocupação na Uneb, em Juazeiro. A instituição foi a 51º universidade ocupada no Brasil e faz parte de uma mobilização nacional, que atualmente conta com adesão de mais de 200 universidades e 1200 escolas secundaristas e institutos federais por todo o país, resistindo contra o que consideram “uma manobra golpista de Michel Temer, que tem como objetivo destruir a educação pública no país”. Os estudantes protestam contra a PEC 241/55, que congela os investimentos, também na educação, por 20 anos.

Da redação Sibelle Fonseca

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