Greve da Univasf é suspensa

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Nesta quarta, 14/12/16, às 14h30, no NT03, campus Petrolina, a assembleia docente da Univasf se reuniu mais uma vez. A plenária dos professores tinha como principais questões: a continuidade do movimento, em especial considerando o indicativo de suspensão da greve; a agenda de ações para 2017 e a negociação da pauta local com a reitoria.

Após longa discussão sobre as conquistas do movimento, principalmente em termos de informação da população sobre os impactos negativos e destrutivos da PEC 55 sobre os direitos sociais, mas também ponderando os limites e risco de enfraquecimento do movimento, e a necessidade de seguir na luta em 2017, foi definido por 78% dos votos dos presentes pela suspensão do movimento e 22% de votos pela continuidade, que o movimento será suspenso. A votação seguinte definiu a data de 21/12 para a suspensão formal do movimento, dada a necessidade de informar ao movimento estudantil, a administração superior, toda a comunidade univasfiana e proceder aos encaminhamentos burocráticos necessários, além de realizar as últimas atividades do Comando de Mobilização.

Dado o consenso sobre a necessidade de avançar nas lutas em 2017 contra a retirada de mais direitos sociais e, portanto, de manutenção e ampliação do comando geral e dos comandos docentes locais, além de um balanço das ações de 2016 e atualização do planejamento estratégico, foi acordado desenvolver esta pauta na primeira assembleia docente de 2017. Quanto à negociação da pauta local, foi consenso realizar a divulgação do primeiro levantamento da reitoria em resposta à pauta (Ofício nº 542/2016-GR/UNIVASF). Foi confirmado a primeira rodada de negociações nos dias 2/2 e 9/2. Também foi definido que os Comandos Locais enviem, até a próxima semana, os nomes daqueles que vão negociar as pautas com a reitoria em fevereiro. Também foi aprovado que cada comando envie uma réplica ao ofício até 30 de janeiro de 2017, para cada ponto apresentado pela reitoria. Também foi aprovado que fosse solicitado o relatório do orçamento para 2017.

Após a aprovação da PEC 55, um balanço maduro de nosso movimento tem que envolver, além do saldo organizativo e de reconstituição do movimento docente na Univasf, também precisa identificar suas fragilidades. Ainda que a mesa de negociação junto à reitoria para desenvolvimento da pauta local tenha sido retomada, ainda que a greve dos professores tenha ocorrido no contexto inédito de ocupações e greve estudantil, ainda que tenhamos realizado uma série de ações e atividades e fomos capazes de sensibilizar uma ampla parcela da sociedade que abriga os vários campi da Univasf, e ainda que tenhamos avançado nas relações com o movimento estudantil e com os movimentos sociais, nosso maior desafio continua sendo o maior envolvimento da comunidade acadêmica, principalmente os docentes, sobre nossa responsabilidade e capacidade de alterar a correlação de forças a favor dos direitos sociais e da educação pública. Fizemos muito, podemos fazer mais e melhor em 2017.

Atingimos o nosso teto neste dezembro. Transformemos o que foi feito, aprendido e experimentado nestas semanas em uma plataforma de lançamento para a resistência no ano que se aproxima.

Ainda hoje divulgaremos um cronograma mínimo de ações até 21/12.

SINDUNIVASF

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