Palestras sobre Primatologia atraem público acadêmico e profissional no Cemafauna

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A ciência da Primatologia esteve em pauta durante palestras promovidas pelo Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna Caatinga) e o programa de Pós-graduação Ciências da Saúde e Biológicas da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) nos dias 8 e 9 desse mês. Os eventos atraíram muitos estudantes e profissionais das áreas da biologia, medicina veterinária e zootecnia.

A primeira palestra, na quinta-feira (08), foi ministrada pelo biólogo e professor doutor Rodrigo Salles de Carvalho com o tema “Pesquisa científica e conservação de primatas”, discorrendo sobre seu caminho profissional, as experiências do doutorado e ações conservacionistas que demandam tempo e, no entanto, são muito necessárias e enriquecedoras.  “Hoje eu trabalho com duas coisas relativamente distintas, mas que se complementam: a pesquisa científica propriamente dita e todo um universo de conservação paralelo a ela. Muitas vezes o aluno tem um amor ao mundo da biologia que é vinculado a hipóteses científicas e em outras também a questões mais filosóficas, mais amplas”, afirmou.

Ainda de acordo com o especialista, as mais de 300 espécies de primatas existentes no mundo têm sofrido grande pressão de caça, a exemplo de Madagascar onde quase todas as espécies são consideradas ameaçadas de extinção. No Brasil, onde há cerca de 110 espécies, ainda é possível preservar boa parte da fauna e da flora graças a extensão do seu território, porém, nos biomas Mata Atlântica e Caatinga concentra-se o maior número de primatas ameaçados. Um dos principais problemas é a destruição do habitat desses animais devido ao desmatamento, à urbanização.

A segunda palestra, na sexta-feira (09), teve como tema “Assinaturas genéticas e fenotípicas de hibridização natural em saguis (Callithrix spp)” ministrada pela bióloga e professora doutora Joanna Malukiewicz. “Nessa palestra eu apresentei o que acontece geneticamente e morfometricamente com essas espécies de saguis fazendo um comparativo entre hibridização natural e hibridização antropogênica. Aqui na região esse fenômeno não prejudica o meio ambiente, até porque estudos mostram que hibridização faz parte de evolução das espécies”, disse.

Para a estudante do Curso de Ciências Biológicas, Mariana Macário, as palestras foram objetivas e estimulantes. “Além de uma apresentação fantástica, contribuíram imensamente para despertar ideias acerca da vida profissional. Foi uma grande oportunidade de adquirir conhecimento”, concluiu.

Jaquelyne Costa/Ascom Cemafauna

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