Petrolina-PE: Água fornecida pela Compesa não passa em teste de qualidade; Companhia contesta resultado

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O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) através da promotora de Justiça de Defesa do Consumidor de Petrolina, Ana Cláudia Sena entrou com uma ação civil pública contra a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), para que seja determinado o fornecimento, de imediato, de água própria para o consumo humano, dentro dos padrões de estabelecidos pela legislação para o município de Petrolina. O MPPE requer ainda a análise da qualidade da água nas Estações de Tratamento de Água (ETAs) que abastecem o município de Petrolina (ETAs Petrolina I e II e Vitória), o distrito de Rajada e o povoado de Pau Ferro (ETA Morro do Crioulo e ETA Monte Orebe), bem como as localidades Agrovila C-1 (ETA C-1) e Agrovila N-11 (ETA N-11), no número previsto pela legislação vigente.

Ainda segundo a determinação a Compesa deve apresentar no mínimo duas amostras semanais, recomendando-se quatro semanais, quanto ao parâmetro microbiológico Coliformes Totais e Escherichia Coli. E uma amostra a cada duas horas para o parâmetro cloro. Durante 24 meses, a Compesa deve apresentar em Juízo relatórios mensais, contendo no mínimo oito análises da qualidade da água proveniente das referidas ETAs, e que essas análises sejam realizadas por dois laboratórios independentes, além das análises pela própria Compesa, comprovando que a água não contém Coliforme Totais nem E. Coli e que se encontra dentro dos padrões de potabilidade.

Segunda a promotora de Justiça de Defesa do Consumidor de Petrolina, Ana Cláudia Sena, analisando os relatórios enviados pela Compesa, foi constatada a presença de Coliformes Totais na própria saída do tratamento, ou seja, a água que acabou de passar pela estação de tratamento já apresenta contaminação. Para o MPPE, o descaso da Compesa com a qualidade da água que fornece aos seus usuários é patente. (Com informações do MPPE)

Em nota, a Compesa declarou que obedece os padrões de potabilidade exigidos pelo Ministério da Saúde, mas pontua que contaminação apontada pelo Ministério Público decorreu de uma falha no procedimento de análise das amostras coletadas.

Confira a nota na íntegra:

A Compesa tranquiliza a população de Petrolina informando que a água distribuída para a cidade  está dentro dos padrões de potabilidade exigidos pelo Ministério da Saúde, de acordo com a  portaria   Nº 2914/11. A cidade possui três estações de tratamento de água que, juntas, produzem  1.600 mil metros cúbicos. A  companhia  investe  R$ 850 mil apenas com produtos químicos,  o que garante a produção de água com excelente padrão de qualidade. A água  produzida nas unidade da Compesa  passa por um rigoroso  controle operacional que monitora a cada duas horas todas as etapas do processo de tratamento. De acordo com os dados do monitoramento bacteriológico realizado na saída das estações de tratamento dos últimos 12 meses,  os resultados foram satisfatórios. Em nenhuma das amostras foi detectada a presença da bactéria Escherichia Coli.

A Compesa também  realiza o monitoramento na rede de distribuição, diariamente, em vários pontos  da cidade. Quanto à positividade  de contaminação evidenciada pelo Ministério Público de Petrolina em algumas amostras da rede de distribuição, a Compesa esclarece que o fato decorreu de uma  falha no procedimento de análise  das amostras coletadas pela própria empresa. Porém, o caso já foi corrigido e a Companhia está à  disposição das instituições que regulam o serviço para comprovar a nossa transparência.

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