Após quase 15 dias, a greve dos médicos do Hospital Regional de Juazeiro-BA chega ao fim. As informações são do diretor regional do Sindimed-BA, José Carlos Viana Tanuri Junior. A classe paralisou as atividades no dia 15 deste mês, em protesto ao atraso do repasse da primeira parcela do 13º Salário e os vencimentos de novembro.
Tanto os profissionais contratados via CLT (carteira assinada), quanto os que trabalham em regime de Pessoa Jurídica retornaram ao trabalho nesta quarta-feira (28), após terem seus salários regularizados. Durante a greve os médicos estavam atendendo somente pacientes já internados e os que chegavam dentro da classificação vermelha, ou seja os casos de risco, levados pelo serviço avançado do Samu.
Segundo um dos médicos, que preferiu não se identificar, o acúmulo de faturas não pagas chega a quase R$ 8 milhões, que seriam destinados ao pagamento de pessoal e custeio do serviço do hospital, que é gerido atualmente pela Associação de Proteção à Maternidade e à Infância de Castro Alves (APMICA)..
A greve foi deflagrada após inúmeras tentativas de negociação por parte dos médicos, que vinham cobrando da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia(SESAB) o repasse da primeira parcela do 13º Salário e os vencimentos de novembro.
Esta não é a primeira paralisação de 2016. A situação vem se repetindo desde o inicio do ano. Em Junho, a classe paralisou durante 22 dias. Na época, além dos atrasos salariais, os médicos também denunciaram as péssimas condições de trabalho na instituição de saúde que atende pacientes de toda região. Eles alertaram a comunidade para a precariedade do serviço prestado aos pacientes e confirmaram a falta de material de higiene, material básico para atendimento, medicamentos e sucateamento dos equipamentos.
O hospital é referência na região do entorno de Juazeiro, no norte baiano, e tem 74 médicos. Administrado pela Associação Proteção à Maternidade e à Infância de Castro Alves (APMICA), o hospital é procurado por comunidades de 53 municípios da rede PEBA (Pernambuco e Bahia).
