O Câncer de Pulmão é uma doença provocada pela multiplicação desordenada de células do tecido pulmonar. “Há vários tipos, mas os mais comuns são da linhagem epitelial como Carcinoma Epidermóide e Adenocarcinoma”, é o que afirma o oncologista da Unimed Vale do São Francisco, Alan de Sousa Ribeiro. O médico fala, abaixo, os fatores de riscos, orientações sobre a doença, procura do profissional indicado, diagnósticos, exames e tratamento. Confira:
A respeito das causas da doença o oncologista destaca que “uma vez que o consumo de derivados do tabaco está na origem de 90% dos casos, independentemente do tipo, não fumar é o primeiro cuidado para prevenir a doença. A ação permite a redução do número de casos (incidência) e de mortalidade”, alerta. Comparados com os não fumantes, os tabagistas têm cerca de 20 a 30 vezes mais risco de desenvolver câncer de pulmão. Em geral, as taxas de incidência em um determinado país refletem seu consumo de cigarros.
“Deve-se evitar, ainda, a exposição a certos agentes químicos como o arsênico, asbesto, berílio, cromo, radônio, urânio, níquel, cádmio, cloreto de vinila, gás de mostarda e éter de clorometil, encontrados principalmente no ambiente ocupacional”, complementa o médico.
“Os principais fatores de risco são a exposição à poluição do ar, infecções pulmonares de repetição, deficiência e excesso de vitamina A, doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica), fatores genéticos (que predispõem à ação carcinogênica de compostos inorgânicos de asbesto e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos) e história familiar de câncer de pulmão favorecem ao desenvolvimento desse tipo de câncer”, frisa Ribeiro.
Os sintomas mais comuns do câncer de pulmão são a tosse e o sangramento pelas vias respiratórias. Nos fumantes, o ritmo habitual da tosse é alterado e aparecem crises em horários incomuns para o paciente. Pneumonia de repetição pode, também, ser a manifestação inicial da doença.
Diagnósticos e exames
A maneira mais fácil de diagnosticar o câncer de pulmão é através de raio-X do tórax complementado por tomografia computadorizada. A broncoscopia (endoscopia respiratória) deve ser realizada para avaliar a árvore traqueobrônquica e, eventualmente, permitir a biópsia. É fundamental obter um diagnóstico de certeza, seja pela citologia ou patologia. Uma vez obtida a confirmação da doença, é feito o estadiamento, que avalia o estágio de evolução, ou seja, verifica se a doença está restrita ao pulmão ou disseminada por outros órgãos. O estadiamento é feito através de vários exames de sangue e radiológicos, como dosagens enzimáticas e ultrassonografia, respectivamente.
Tratamento
O tratamento inclui cirurgia, quimioterapia, e radioterapia. Além destes, atualmente, tem-se descoberto novos medicamentos que visam alterações genéticas específicas em cada paciente, sendo conhecidos como Terapia Alvo Molecular e Imunoterapia. Todo tratamento deve ser individualizado de acordo com as características de cada paciente.