Funcionários e familiares de pacientes do Hospital Regional de Juazeiro(BA) solicitaram a presença da equipe de reportagem do Portal Preto No Branco, na manhã de hoje( 2) para denunciar a situação caótica da instituição hospitalar que atende a 52 municípios dos estados da Bahia e Pernambuco. Encontramos hoje o hospital lotado, como comprovam as fotos.
Na última terça-feira(31) os profissionais que trabalham no Regional resolveram encerrar um movimento grevista depois de apenas 6 dias de paralisação, alegando que a Sesab – Secretaria de Saúde do Estado da Bahia fez um repasse a Associação de Proteção à Maternidade e Infância Castro Alves, administradora do hospital, que pagou os salários de parte dos profissionais, se comprometendo a pagar o restante até o próximo dia 10. Depois da greve “relâmpago” A APMI anunciou que iria reabastecer e fazer uma reestruturação no hospital.
A questão salarial pode até ter sido resolvida, mas as condições de trabalho e atendimento aos pacientes são altamente precárias e a situação é grave, como contam os denunciantes. Márcia Ferreira está com a mãe internada há dez dias e sem previsão de alta. Ela elogia o trabalho dos profissionais, mas confessa que está aflita com as condições do ambiente hospitalar “Aqui não tem higiene nenhuma. O risco de uma infecção hospitalar é grande. Falta material de limpeza: alcool, papel higiênico, toalhas descartáveis, luvas para os médicos, máscaras. Os banheiros estão imundos e os profissionais da limpeza nada podem fazer se não têm as ferramentas de trabalho. Eu e muitos acompanhantes estamos trazendo material de higiene de casa, o que é um absurdo. E quem não tem condição de trazer? ”
Márcia conta também que faltam medicamentos básicos e os exames demoram para ser realizados “Eu tive que pagar o exame de minha mãe, que foi feito fora daqui, para agilizar o tratamento. Pergunto, novamente, e quem não tem condição de fazer isso?” questiona a acompanhante.
Márcia também ressalta a necessidade urgente de uma dedetização no hospital ” As formigas estão tomando conta. E isso é somente o que podemos ver”, afirma.
Lindomar Santana, que está acompanhando a mãe, mostra enorme preocupação com as condições sanitárias do hospital ” Aqui existem pacientes com infecções bacterianas e o risco de contaminação é grande. Dois quartos foram isolados e nós não sabemos o porque, mas desconfiamos que seja por conta do risco de infecção hospitalar. Estamos todos aqui correndo risco constante. Os médicos e funcionários se empenham, mas sem condições de trabalho e de higiene, até eles mesmos correm risco”, reclamou indignado Lindomar Santana.
Iani Evangelista, que está com o filho de 22 anos internado desde o início da semana, diz que vai exigir a alta do jovem e levá-lo para casa, pois no hospital sequer tem a medicação que ele precisa ” Vou levar meu filho pra casa, mesmo sendo ele um paciente com câncer. Aqui não tem a medicação que ele precisa para o tratamento e o quadro dele pode até piorar com o risco de infecção que circula por aqui, denunciou a mãe.
Conversamos com alguns funcionários que não quiseram se identificar, mas confirmaram as denúncias dos familiares. “Nós estamos preocupados demais com esta situação e sofremos com os pacientes e seus familiares. Nós também corremos risco e, para amenizar a situação, estamos comprando material de higiene com nosso próprio dinheiro. Pode ir nos mercadinhos aqui da área e confirmar que sempre estamos comprando material”, revelou uma funcionária.
De fato. Dona Eva, dona de um mercadinho que fica próximo ao Regional, confirma: ” Os funcionários que já ganham tão pouco estão sendo obrigados a tirar do salário para manter a higiene mínima do hospital. Diariamente eles vem aqui comprar produtos de limpeza. Até papel higiênico eles levam pra lá. Isso é um absurdo! E a empresa que administra o hospital ainda ganha a licitação por mais 5 anos”, declarou a comerciante, numa clara demonstração de que acompanha a triste realidade do hospital.
Encerramos com um apelo à Vigilância Sanitária do Município, ao Ministério Público e entidades que representam médicos e profissionais de enfermagem: Olhem para o Hospital Regional. Atuem! É questão de saúde pública! De dignidade da pessoa humana!
E perguntamos: O que estão fazendo os deputados estaduais eleitos com o voto da população desta região?
Nao adianta a vigilancia ir la olhar,porque quando vão eles maquia tufo para dizer que esta tudo perfeito
Vale lembrar que, os salários pagos, foram referentes ao mês de dezembro de 2016, o de janeiro que vence agora provavelmente vai ser pago só em março, pq isto vem acontecendo já a mais de um ano. O ministério publico deveria investigar essa situação, pois o risco de infecção é altíssima,e é capaz de haver já ter havido mortes, quem duvida? Pois falta insumos e matérias de extrema necessidade.Até quando iremos ter q compactuar com tamanha falta de responsabilidade, um hospital que já foi referencia, um “equipamento publico novo” se deteriorando. os funcionários tem q levar água de casa para n correr risco de pegar infecção, Agora imagina os pacientes… Já a SESAB sempre dando informações pela metade referente aos repasses qnd a impressa os procuram. eles deveria dizer o motivo pelo qual so repassam atrasados. e Ao governador? O que ele tem a dizer dessa situação? Nunca vi um caos de tamanha generalidade nesta gestão. OU a Sesab repassa corretamente ou muda a empresa que administra o hospital….de quem é a culpa? de nos eleitores que n sabemos escolher os políticos, impossível é não entrar na política com vendo estes problemas…
Realmente a situação lá é de chorar, dia 31/10/2016 à 31/01/2017 houve 314 óbitos. Mais de 20 anos de serviços prestados nos hospitais da região de Petrolina e Juazeiro nunca vi isso.DESCASO TOTAL COM O SER HUMANO. O poder público tem quer tomar providências o mais rápido possível. Vão que vcs verão.
Já estive, bons meses la dentro para saber os absurdos. Isso é o mínimo. As infecções hospitalares sempre foram altas, eles maqueiro os números de dados. Eles sabem pintar paredes, camas enferrujadas, esconder o lixo embaixo do tapete.
Existem dias que não há omeprazol nesse hospital, que chega a faltar antibióticos básicos. Papel higiênico, toalha de papel, lençol de papel para macas, sabonete nos lavatórios. Até papel ofício chega a faltar nessa unidade. Apmi veio para acabaré nesse hospital, antes o hospital era limpo, cheiroso, hoje quando muito tem “cheiro” é de Kiboa. Tudo que eles pensam é em Maquiar as paredes e andar dando tchauzinho pelo hospital. Já teve tanto óbito que nem Declarações tinha para preencher e liberarem o cadáver. São tantas coisas… virou matador público! Deus tenha piedade das pessoas que precisam desse serviço.
Vale salientar tbm que o salário das Técnicas de Enfermagem sempre sai com um atraso enorme e o Ministério do Trabalho não faz nada. O COREN por sua vez é que deveria interver na falta de segurança q os funcionários são submetidos, porém, tbm não se manifesta.