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O primeiro casamento civil de Petrolina realizado em um terreiro de candomblé ocorreu ontem (7), no Terreiro de Pai Jorge.
Diversos terreiros de candomblé e umbanda de Petrolina e Juazeiro se uniram para celebrar o casamento do Ogã Elson, com a Mãe Pequena da Casa de Pai Júnior, Alexsandra, conhecida como Bilu.
O Terreiro de Pai Jorge também comemorava a festa do seu Caboclo Boiadeiro.
“Foi uma festa linda, regada de alegria e muito axé! Passos como esses mostram a afirmação dos terreiros que, no momento presente, precisam estar mais unidos. Sabemos, podemos quebrar uma vara, mas um feixe de lenha dá mais trabalho”, comemorou Jaracy Marques, amigo do casal.
Desde 1988, a constituição brasileira permite esse tipo de celebração, mas faltava a regularização dos terreiros, com seus estatutos discriminando quem são os celebrantes, os presidentes das solenidades. A partir disso, a Justiça permite que o casamento religioso tenha efeito civil.
O terreiro foi preparado com todo o simbolismo que a tradição da religião Candomblé exige.
“O Candomblé é uma religião e pode fazer suas celebrações, como qualquer outra religião, inclusive o casamento”, disse Pai Jorge, ao presidir a união de Alexandra e Nelson no Axé.
A cerimônia durou o tempo necessário para que os noivos selassem a união, mas a festa durou a madrugada inteira, “terreiro, sabe como é, é lugar de festa”, lembrou Juaracy.
O casal, iniciado na religião afrobrasileira, caprichou nas vestes e na decoração luminosa do espaço. Os convidados, adeptos e não adeptos do Candomblé, testemunharam um ato de amor, de respeito, de paz.
E por falar em paz, no ritual, os casados deram liberdade a um símbolo seu, e soltaram energia boa para o mundo.
Axé, muito axé, ao casal!
Da Redação por Sibelle Fonseca
Fotos: Juracy Marques
só queria salienta que o meu nome é Elson e não Nelson, como esta na matéria e o da minha esposa é Alexsandra, mais foi ótima a sua matéria, obrigado!!!!!
Desculpe-nos o equívoco. Corrigimos! Grata!