Para Temer, ‘as pessoas têm vergonha de dizer, embora aprovem o governo’

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Durante café da manhã com jornalistas, no Palácio da Alvorada, o presidente Michel Temer (MDB) afirmou, nesta sexta-feira (22), que será um cabo eleitoral “substancioso” para 2018 e aproveitou para perguntar diretamente ao titular da sua equipe de economia, Henrique Meirelles, se ele é candidato à Presidência da República no ano que vem.

Na ocasião, ao ser questionado se a eventual candidatura de seu ministro prejudicaria a votação da reforma da Previdência, escalonada para fevereiro, o peemedebista devolveu prontamente que não acreditava em qualquer tipo de prejuízo em relação à reforma para, em seguida, dirigir-se a Meirelles, sentado ao seu lado: “Você é candidato?”.

Em clima de descontração, o titular da Fazenda sorriu e asseverou que, como tem repetido “diversas vezes”, essa decisão só será tomada no próximo ano.

Em uma espécie de balanço de seu ano e meio à frente do Palácio do Planalto, o presidente admitiu que as denúncias de corrupção prejudicaram seu governo e sua popularidade.

O peemedebista fez troça sobre sua impopularidade ao dizer que os índicesaumentaram em “100%, de 3% para 6%”, e arrancou risos dos presentes.

Em citação à fala do publicitário Nizan Guanaes, Temer tipificou que “a popularidade é uma jaula” e seus baixos índices de aprovação devem ser usados para que ele faça “o que o Brasil precisa”. Apesar disso, Temer disse crer que os números melhorarão até o início de 2018, o que permitirá que ele seja um “grande cabo eleitoral” no pleito do ano que vem.

“A questão da corrupção prejudicou muito o governo e prejudica muito a popularidade, porque uma pesquisa que eu pedi, em caráter particular, revela que as pessoas têm vergonha de dizer, embora aprovem o governo, têm certo pudor, porque pensam: ‘poxa, esse governo corrupto, todo mundo é corrupto, a classe política é corrupta’”, declarou.

 

Fonte Bahia.BA

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