O que era para ser um dia de alegria e festa terminou em pesadelo para uma estudante da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) que foi agredida durante o carnaval de Juazeiro na noite deste domingo (28). Ela procurou a redação do Preto no Branco para denunciar as agressões policiais.
De acordo com a vítima, tudo aconteceu quando ela foi falar com um policial, que estava perseguindo um homem próximo ao fim do circuito Ivete Sangalo e acabou empurrando intencionalmente a vítima quando passou por ela, para ter mais cuidado durante as abordagens.
“Fui empurrada pelo mesmo e por outro policial, que começaram as agressões. Foram empregados tapas, murros, enforcamentos e uso do cassetete. Meus amigos que estavam por perto tentaram me ajudar, mas foram segurados por outros policiais que se aproximaram. Um deles também foi agredido. Nesse momento, um círculo de pessoas tinha sido feito ao redor do que estava acontecendo”, relatou a estudante.
A vítima contou que durante a agressão, tentava alertar os policias que iria denuncia-los, porém recebeu diversos tapas na boca.
“Em seguida levei um soco na boca do estômago e outro no ouvido que me deixou inconsciente e cair no chão. Até que um conhecido que não estava comigo na festa, mas viu o que estava acontecendo, entrou pelo meio e me abraçou, passando a apanhar por mim. Só assim eles me largaram e foram embora como se nada tivesse acontecido e meus amigos puderam me retirar do meio da avenida”, contou a vítima.
Ainda segundo o relato da vítima ao PNB, outros policiais que não estavam presentes no momento se recusaram a prestar ajuda.
Com o número da identificação dos PM em mãos, a vítima prestou queixa e fez exame de corpo de delito.
“Sei que não fui a primeira e certamente não serei a única, mas quero que as pessoas saibam que podem denunciar esses abusos”, disse a vítima.
(foto: reprodução/arquivo pessoal)
O PNB conversou com a vice-presidente do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (Compir) de Juazeiro, Márcia Guena, que repudiou o ato de agressão da polícia.
“Estamos decepcionados com a ação da polícia no carnaval de Juazeiro, porque nós já realizamos uma audiência pública para falar desse tipo de abordagem, enviamos documentos para todos os órgãos, Polícia Civil, Polícia Militar, Guarda Municipal e para o Ministério Público, denunciando esse tipo de ação. Esperávamos que nesse carnaval essa ação do Compir tivesse algum resultado”.
Márcia disse ainda que o caso já foi encaminhando para alguns órgãos e alerta para o serviço aberto na cidade de Juazeiro, para denunciar agressões raciais. “Já contatamos o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa da Bahia, denunciando o caso, e já comunicamos à reitoria da Uneb. O que resta ao Conpir é permanecer nessa pressão para que essas ações não aconteçam mais. Nós lançamos em novembro passado o ‘SOS Racismo’, que está aberto para escuta de denúncias de racismo e de violência dessa natureza”, afirmou.
A Uneb se pronunciou enviando uma nota à imprensa repudiando a ação contra a aluna da instituição.
“A Comunidade Acadêmica do Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS) da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), em Juazeiro, manifesta seu repúdio e repulsa à atitude de um Policial Militar, que, no circuíto do Carnaval, durante a madrugada deste domingo (28), sem motivo aparente, agrediu de forma violenta e covarde uma jovem aluna do curso de Direito do DTCS-UNEB que se encontrava pacificamente na avenida brincando o carnaval. Solicitamos do comando da corporação Polícia Militar e das demais autoridades competentes a imediata apuração e responsabilização do(s) envolvido(s) no bárbaro ato.”
Prof. Fábio Gabriel Breitenbach
Diretor em exercício
Prof. Jairton Fraga Araújo
Diretor
Comunidade Acadêmica/Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais/Universidade do Estado da Bahia
Da Redação
Deixa eu entender, você está chamando mais de 30 mil policiais baianos de bandidos? Vou entrar em contato com as associações e advogados, vamos te identificar e será processada individual por cada policial da Bahia.
GOSTARIA DE SABER O QUE ESSE BLOG TEM TANTO CONTRA A POLICIA MILITAR?
ACHO QUE MERECE UMA INVESTIGAÇÃO POR PARTE DA POLICIA ISSO.
NO COMEÇO DA MATERIA FALA LÁ QUE A ESTUDANTE SE ACHANDO A ADVOGADA OU JUIZA SEI LÁ FOI SE METER PORQUE A POLICIA ESTAVA PERSEGUINDO UM MELIANTE. O QUE ELA TEM HAVER COM O TRABALHO DA POLICIA.ESTUDANTE DE DIREITO SÃO CHEIO DE DIREITO MAL ENTRA NA UNIVERSIDADE JÁ QUEREM SER O TAL E OUTRA SE NÃO TIVER OAB NÕA É ADVOGADO. CIBELE PARA QUE ESTAR FEIO ESSA SUAS MATERIAS CONTRA A POLICIA DE JUAZEIRO. TUDO DE VOCÊS É PQ É PRETO,POBRE. QUETA COM ISSO.QUEM PROCURA ACHA E EA ACHOU
Clécio, alerto ao fato de que em nenhum momento a palavra “bandidos” foi citada na declaração acima. Peço por gentileza que retifique em que trecho se encontra alguma afronta aos profissionais citados. Quanto ao senhor Jorge, a vitima de agressão em nenhum momento se dirigiu ao policial com referencia a sua abordagem ao suposto “meliante” como diz, e sim de sua abordagem para consigo mesma, entre outras pessoas presentes. Por gentileza ler o depoimento com mais atenção. Estudantes de direito não “se acham cheios de direitos”, direitos temos todos como indivíduos, como cidadãos somos resguardados por eles ou deveriamos, o que distingue um estudante de direito para um não acadêmico da área é que durante sua graduação necessariamente precisam se embasar e fundamentar como profissionais, terem conhecimento das leis nacionais, o que os resguarda, e que devido a nossos políticos e detentores do poder não nos fomentam tais conhecimentos em um ensino básico, afinal é sempre mais fácil lidar com um civil leigo, dessa forma se pode agir à própria vontade, e não a sombra de leis, que em muitos casos como neste nem são postas em prática, ou a vítima em questão nem se quer precisaria pedir por gentileza que o oficial não a abordasse de tal maneira, ou muito menos teria sido barbaramente agredida.
Mais uma comprovação de abordagens: https://www.facebook.com/paulinho.ribeiro.3766/videos/1365308396912742/?hc_ref=ARSPhkWnfYrnJbxeAeRMidgW7blJTlH70nkGFD8hF0Px7YpyoE5BmkrPzthGcPxPMsY