Comandante da CIPE CAATINGA é acusado de agredir e sacar arma em um bar de Juazeiro

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Um episódio envolvendo um Major da CIPE Caatinga em um bar de Juazeiro por pouco não acaba em morte.

Segundo informações de testemunhas ouvidas pelo Portal Preto No Branco, na noite da última sexta-feira (29), um rapaz de prenome Marcelo foi agredido pelo Major Wildon, da Cipe/Caatinga, em um bar que fica na Pedra do Lorde, ponto de encontro de amigos.

Marcelo teria feito um comentário que contrariou o policial e por isso foi agredido pelo militar. O rapaz não reagiu e se retirou do ambiente, assim que foi agredido, de acordo com testemunhas.

“Eu estava no banheiro quando ouvi o Marcelo falando que banheiro de bares poderia ser único para mulheres e homens. Nisso o major entrou, não gostou do comentário que ouviu e começou a rebater. Ele ficou discutindo sozinho, porque o Marcelo não fez nada. Ele só disse que tava brincando, mas o policial deu um tapa na cabeça dele”, contou uma testemunha do fato.

Após a saída do agredido, segundo a testemunha, o policial bastante alterado sacou uma arma, apontando aleatoriamente dentro do bar. Um homem que estava na mesa dele, interveio e conseguiu que ele guardasse a arma. Mas o Major não parou por aí.

“O Marcelo foi logo embora com a esposa. O major começou a gritar, totalmente descontrolado, sacou uma arma apontando pra todo mundo, gritando histericamente. Um amigo começou a lutar para tirar a arma dele e logo depois ele se aquietou na mesa. Foi quando um rapaz que eu conheço por nome de Gerson, muito conhecido na cidade pela simpatia e educação com todos, foi se despedir das pessoas que estavam na mesa do Major e também falou com ele tentando apaziguar a situação. O policial sacou novamente a arma atirando contra Gerson que se dirigia para o estacionamento onde estava seu carro. Só escutei ate o terceiro tiro, porque fiquei em estado de choque. Eu e as demais pessoas que estavam no bar”, narrou a testemunha.

Por muita sorte, Gerson não foi atingido pelos disparos e o Major deixou o local gritando que “da próxima vez que fosse ao bar, queria ver banheiros para homens e mulheres”, contou a testemunha.

Em junho do ano passado, o Preto No Branco publicou uma matéria sobre agressão sofrida por um grupo de amigos formado, em sua maioria, por profissionais de imprensa de Juazeiro, que se reunia em um bar também no bairro Pedra do Lorde. O grupo foi surpreendido por um homem de arma em punho, que chegou ameaçando e agredindo as pessoas. Ele chegou a bater em duas pessoas que estavam na mesa. O Comandante da Companhia Major Wildon estava com o acusado da agressão, que também era um policial da CIPE/CAATINGA. De acordo com as vítimas, ele assistiu a cena de agressão sem adotar nenhuma postura.

Viaturas da PM estiveram no local.

Veja matéria: https://pretonobranco.org/2017/06/05/denuncia-homem-armado-ameaca-e-agride-grupo-de-amigos-da-imprensa-em-um-bar-de-juazeiro/

O PNB ouviu o Comandante Coronel Anselmo Bispo, CPRN, que garantiu já estar tomando as providências.

“Já tomamos a providência de ouvir o proprietário do estabelecimento, recolhemos as imagens, anexamos ao relatório e já comunicamos ao Comando Geral da PMBA. O proprietário também foi orientado a prestar queixa na DPC e anexar as imagens para um futuro inquérito. A partir daí, iremos instaurar um procedimento administrativo para apuração dos fatos, convocando as outras vítimas para depoimentos”, informou o coronel.

Da Redação

5 COMENTÁRIOS

  1. Sibele…cadê os delegados dessa cidade? Não tem delegado p apurar o crime de tentativa de homicídio ??? Os delegados de Juazeiro precisam parar de se esconder ! Procedimento administrativo dentro da corporação vai dar em NADA ! Onde está a POLICIA CIVIL p apurar esse crime ?

  2. Ampla defesa e contraditorio à todo cidadão brasileiro, imagens captadas pelas cameras depoimento formal das testemunhas e supostas vítimas são imprescindíveis para formação de inquerito.
    O que me chama a atenção é que todos são tão dóceis e o acusado é um terrorista segundo o que é narrado na matéria.
    Onde estão os delegados de juazeiro? Devem investigar minuciosamente essa questão levando o acusado à justiça ou os demais envolvidos por faltar com a verdade.

    • E qual é a verdade Renato? Você estava lá para afirmar tais adjetivos aos envolvidos? Se estava, deve ir a delegacia e testemunhar a favor de quem for de direito e não vim aqui e falar bobagens.

  3. “Interviu” Sibele? Bola na trave.
    Ótima reportagem. As arbitrariedades em Juazeiro só crescem. Fui vítima desses meliantes vestidos de policiais.
    Mas vamos ficar atentos ao vernáculo.

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