Formado em Juazeiro (BA), projeto musical ‘Made In Quebrada’ reúne artistas de diferentes regiões do Brasil para contemplar e celebrar a periferia

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(foto: Lizandra Martins/divulgação)

“Local distante”, “subúrbio”, “periferia perigosa”. Geralmente, a palavra “quebrada” vem sempre associada a termos como esses. O lado negativo das quebradas quase sempre é evidenciado através da mídia, das conversas interpessoais, dos discursos políticos; o que muitas vezes deixa de lado o potencial criativo, artístico e cultural que também pode ser encontrado nesse espaço diverso que é a periferia. E é com essa proposta de contemplar e celebrar a “quebrada”, que o projeto  musical ‘Made In Quebrada’, criado em agosto de 2018, em Juazeiro, na Bahia, nasce. Idealizado por Andrezza Santos (São Paulo – SP), Blackyva (Rio de Janeiro – RJ), Dj Werson (Natal – RN) e Euri Mania (Juazeiro – BA),o projeto mistura o rap, a mpb, o funk e a música eletrônica, numa só voz, para falar de militância, e ao mesmo tempo fazer dançar.

O ponto de partida do projeto é a produção de um EP colaborativo com cinco músicas autorais,  compostas e produzidas pelos quatro artistas, com gravação, mixagem e masterização de Iago Guimarães, do estúdio Casinha Lab, de Juazeiro (BA). A primeira música a ser lançada pelo projeto é o hit “Se joga, rapá”, que traz um som frenético e dançante, com mistura de ritmos como o funk carioca e o pagode baiano. Ser comercial e reflexivo ao mesmo tempo. Esse é o desafio do ‘Made In Quebrada’. “Nossos trabalhos particulares tem um “Q” de militância. Nosso intuito é descobrir como é que a gente pode falar sobre isso, mas de uma maneira que a galera dance, que a galera não coloque só a mão na consciência, mas também a mão na cintura e rebole até o chão”, afirma Blackyva.

Compostas coletivamente, as letras das cinco músicas trazem uma diversidade de perspectivas sobre a “quebrada”, a partir dos olhares de Andrezza, Black, Werson e Euri.  “As músicas têm como pauta a celebração das periferias sob vários temas e sob os olhares e vivências de cada um dos artistas, que também contestam e politizam, mas com uma proposta mais positiva, leve, para cima e festiva, como as quebradas também são”, explica Dj Werson.

Foto: Lizandra Martins

Ascom/Beatriz Braga

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