
Apesar da onda conservadora, os dados coletados pela maioria das pesquisas de opinião e intenção de voto, já projetam a derrota do empreendimento fascista mais recente no Brasil, expresso na figura populista do candidato à presidência da Republica, nas eleições de 2018, pelo PSL – Partido Social Liberal, Jair Bolsonaro.
Não existe ainda, um conceito de fascismo majoritariamente aceito pelos pesquisadores do tema, no entanto, a Itália de Mussolini (1925 – 1943) e a Alemanha Nazista (1933 – 1945) nos apresentam características basilares dessa corrente politica-ideológica que se assemelham às ideias propagadas pelo candidato conservador e seus correligionários como, por exemplo: o Ultranacionalismo (Brasil acima de Todos), o uso da violência e do terror (bandido bom é bandido morto), a militarização da sociedade (escolas militarizadas e armamentização dos cidadãos), a exaltação do líder (Hitler e Mussolini foram figuras MITOlógicas para os seguidores dos regimes), o Falso apelo moral contra a corrupção, a propaganda anticomunista ( tanto na Itália quanto na Alemanha o nazi-fascismo surge em resposta a revolução bolchevique) e a criminalização dos sindicatos e movimentos sociais, dentre outras características.
Além do já citado, Bolsonaro também detém em seu universo ideário juízos congêneres ao nazi-fascismo como o racismo, a homofobia e a misoginia. Seu lema de campanha assemelha-se ao proposto pela propaganda da ABI – Ação Integralista Brasileira, iniciada por Plinio Salgado que propunha como palavra de ordem Deus, Pátria e Família, influenciado pelo fascismo Italiano.
Não é novidade que projetos fascistas busquem ascender ao poder por vias democráticas, assim aconteceu na Itália (1922) e na Alemanha (1933), como também, não é novidade que o autoritarismo se utilize de mecanismos institucionais para suplantar a democracia, aconteceu no Brasil em 1964 e em 2016. Marx já anunciava em Dezoito Brumário de Louis Bonaparte que “ A historia se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa”.
Derrotar o fascismo nas urnas já é em si um grande passo e deve ser a palavra de ordem dos que compõem o campo progressista. Vencê-lo significa assegurar sobrevivência, ainda que tênue, da nossa jovem democracia.
No entanto, não se deve ignorar que parcela considerável da sociedade brasileira corrobora e dialoga com o conjunto de ideias e visão de mundo proposto por Bolsonaro e seus seguidores. É verdade, porem, que dentre os 28% dos que nele pretendem votar, existe uma parcela considerável de gente que navega na onda do antipetismo e da própria antipolitica, fenômenos inclusive, fascistas.
Para além do processo eleitoral, é preciso compreender a existência, no campo das ideias, de uma disputa incessante que precisa ser travada com afinco, essa disputa transcende as tradicionais querelas entre os que pleiteiam o poder desde a redemocratização.
Não tenha duvidas de que o projeto representado por Bolsonaro é uma escalada rumo ao autoritarismo, que põe em risco as nossas liberdades e direitos mais caros, portanto, derrotar o fascismo nas urnas é imperativo por um projeto de País mais justo e menos desigual, e derrotá-lo nas ruas é indispensável pela preservação do direito de existir no mundo.
Por Ramon Raniere, estudante de Ciências Sociais – UNIVASF
Muito boa reflexão. Bolsonaro não.
Se a nota de ser estudante da federal estivesse no topo, nem tinha o trabalho de ler esse texto.
Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães
Nazismo é de direita, acredite amiguinho.
Aliás extrema direita como vocês adoram falam
#comunismoNAO